ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

Você vai conferir agora um resumo com os pontos-chave de como suspeitar, como confirmar e formas de tratamento de asma na criança!

A asma é uma doença frequente na criança. Ela se caracteriza por obstrução brônquica recorrente ou contínua, com exacerbações dos sintomas ou crises de gravidade variável relacionada ao broncoespasmo e um componente inflamatório.

No Brasil, 13 a 20% das crianças apresentam asma. Em um terço dos casos, os sintomas se manifestam ainda no primeiro ano de vida. Na maioria das vezes (90% dos casos), eles aparecem até os 5 anos.

A asma na criança é uma das principais causas de atendimento médico eletivo ou de urgência. Nas próximas linhas, você acompanha o resumo sobre o tema.

Quando suspeitar e como confirmar

As crises de asma na criança são facilmente reconhecidas pelo profissional de saúde pela presença de taquipneia, dispneia, queixa de falta de ar e pela presença de chiados ou sibilos expiratórios característicos, audíveis à distância ou à ausculta.

Os pais e o próprio paciente devem ser ensinados a reconhecer esses sintomas para iniciar imediatamente a medicação inalatória de alívio/resgate.

A resposta rápida ao β2-agonistas de curta duração (geralmente salbutamol) em spray/puffs pode ser constatada tanto na comparação do exame clínico, como por testes espirométricos simplificados (peak-flow ou VEF1), antes e depois da medicação.

As exacerbações e crises de bronquite asmática geralmente se precipitam por infecções viróticas respiratórias, alergenos (sobretudo ácaros de poeira doméstica) e poluentes inalados, atividade física ou inalação de ar frio.

Tratamento da asma na criança

O tratamento medicamentoso da asma na criança é muito efetivo e se divide em duas partes: 

  • O tratamento de alívio ou de resgate das exacerbações de sintomas ou crises de asma;
  • O tratamento de controle ou prevenção de novas crises com medicação inalatória diária contínua.

O início imediato do tratamento de resgate durante as exacerbações ou crise com doses repetidas de salbutamol em spray dosimetrado (“bombinha”) deve ser ensinado aos pais e ao paciente maior.

O uso de espaçador melhora a eficácia nas crianças menores. Essa forma de resgate é preferencial também nas salas de emergência, enfermarias e mesmo em terapia intensiva, quando tolerada pelo paciente.

Entretanto, é o tratamento diário de controle da doença, geralmente com corticóide inalatório associado ou não a  β2-agonistas de longa duração (geralmente formoterol), que apresenta maior impacto sobre a evolução da doença. Ele reduz o número e a gravidade das exacerbações, a necessidade de medicação, as internações, a mortalidade e o risco de evolução para asma grave e doença pulmonar obstrutiva crônica no adulto.

A progressão de tratamento é definida em protocolos diferentes para adultos e para crianças. Por isso, o tratamento de cada grupo segue rotinas e fluxogramas distintos.

Além do tratamento imediato domiciliar, deve-se reconhecer a crise grave pelos seus sinais de alerta. Eles precisam de tratamento rápido nas salas de urgência, com doses altas e frequentes de β2-agonistas de curta, corticoide oral ou venoso e outras medicações sequenciais (até mesmo ventilação assistida), conforme a gravidade e refratariedade às medidas anteriores.

Orientações a pacientes e responsáveis

O uso correto dos dispositivos inalatórios (pediatria, adultos, orientação de enfermagem) precisa ser ensinado de forma cuidadosa aos pacientes e seus cuidadores e a qualidade dessa técnica de uso conferida de forma periódica e sistemática.

Poucos casos de asma na criança são graves e refratários e exigem internação. Alguns deles com insuficiência respiratória são tratados em Unidades de Terapia Intensiva com ventilação mecânica.

Estes foram os pontos-chave sobre asma na criança. Você encontra mais sobre a enfermidade nas seguintes rotinas do app Blackbook:

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