Bronquiolite
ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

A bronquiolite ocorre em crianças, sendo a doença de vias aéreas inferiores mais comum em seu primeiro ano de vida. Veja mais sobre o tema!

A bronquiolite é uma infecção de vias aéreas inferiores, a maioria causada pelo vírus sincicial respiratório – VCR. Caracteristicamente, ocorre em menores de 2 anos e é a doença de vias aéreas inferiores mais comum em menores de 1 ano. 

Manifesta-se inicialmente como um quadro de vias aéreas altas (coriza) e, em seguida, evolui para manifestações de vias aéreas baixas, como sibilância e crepitações.  

A maioria dos quadros de bronquiolite é leve, porém, a taxa de internação em CTI pode chegar a 1 – 3% dos casos.

Leia, a seguir, um resumo sobre bronquiolite!

Critérios de internação

Critérios de internação são:

  • Toxemia;
  • Saturação de O2 abaixo de 90–92%;
  • Apneia;
  • Desidratação;
  • Dificuldade para mamar;
  • Prematuridade;
  • Comorbidades graves (cardiopatia, pneumopatias, imunodeficiência)
  • Questões sociais.

Pode haver febre, geralmente baixa. Além dos sibilos e crepitações, pode haver sinais de desconforto respiratório, desidratação. Nos quadros mais graves, há risco de instabilidade hemodinâmica secundária à hipóxia. 

Diagnóstico

O diagnóstico da bronquiolite é essencialmente clínico. Exames complementares, como a radiografia de tórax, podem ser úteis apenas quando houver forte suspeita de diagnósticos alternativos como pneumonia bacteriana ou complicações como atelectasias. 

Os quadros leves podem ser observados em casa com hidratação e medidas suportivas, com cuidadores bem orientados para vigiar sinais de piora respiratória. 

Tratamento da bronquiolite

Oxigenoterapia deve ser usada apenas se a saturação estiver abaixo de 90 a 92% ou houver desconforto respiratório grave. 

Adequar a dieta e hidratação de acordo com a gravidade do quadro. 

Broncodilatadores de curta duração têm pouco ou nenhum efeito na bronquiolite e são usados mais como teste para afastar broncoespasmo associado. Mas devem ser mantidos apenas se houver resposta clínica clara. 

Também a nebulização com soro fisiológico ou salina hipertônica não tem efeito comprovado sobre a evolução. Ela é usada mais para oferecer algum conforto ao paciente e aos pais. 

Corticoides, antibióticos e antivirais não são indicados de rotina.

Indicações de terapia intensiva são:

  • Apneia;
  • Instabilidade hemodinâmica;
  • Frequência respiratória acima de 80 irpm;
  • Desconforto respiratório grave.

O suporte ventilatório pode ser desde cânula nasal de alto fluxo até ventilação mecânica, passando por estratégias de ventilação não invasiva como o CPAP. 

A medida mais eficaz para evitar o contágio da bronquiolite é a lavagem frequente das mãos. Lactentes de alto risco, sobretudo ex-prematuros, podem receber imunização passiva com palivizumabe.

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