ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

Atualmente, com tanta facilidade de acesso, é comum que profissionais e instituições da área de saúde utilizem protocolos internacionais reconhecidos para o diagnóstico e o tratamento de doenças comuns em nosso meio.

Alguns exemplos muito conhecidos são o AHA (American Heart Association) e o JNC (Joint National Committee), utilizados na hipertensão arterial, o GINA (Global Initiative for Asthma) na asma e o GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) para DPOC.

Esses protocolos são extremamente confiáveis, desde que as metodologias e técnicas utilizadas sejam adaptadas para nossa realidade. Nesse contexto, é importante considerar algumas diferenças clássicas que podem existir entre os esquemas de tratamento recomendados em outros países e aqueles que temos disponíveis em nosso meio.

Um grande exemplo é o tratamento da faringite estreptocócica, muito comum no mundo inteiro. Essa infecção é tratada com antibioticoterapia, e os protocolos e compêndios internacionais recomendam como primeira escolha o uso de penicilina V oral, ou fenoximetilpenicilina. As doses recomendadas são 250 mg para crianças até 27 kg e 500 mg para crianças acima de 27 kg e adultos, 2 a 3 vezes ao dia durante 10 dias.

Ora, essa formulação está amplamente disponível no mercado internacional, seja na forma de cápsula (250 ou 500 mg) ou de suspensão oral (125 ou 250 mg/5 mL), além de possuir apresentações genéricas de diversos fabricantes. No Brasil, todavia, a realidade é outra: possuímos apenas uma marca de referência e uma de similar. A formulação deles é muito diferente, com comprimidos de 500.000 UI (ou 312,5 mg) e suspensão oral de 400.000 UI/5 mL (ou 250 mg/5 mL).

Quando o mercado disponibiliza apenas 1 ou 2 marcas, normalmente, se espera um preço mais elevado. Além disso, para adequar a posologia à recomendação internacional, precisaríamos utilizar apenas a suspensão oral, cuja dose é equivalente em mg, mas que tem validade de apenas 7 dias após o preparo. Isso torna necessário a compra de pelo menos 2 frascos para se completar o tratamento de 10 dias.

Todas essas dificuldades tornam o uso desse medicamento quase restrito por aqui. A recomendação de rotina para o tratamento oral é a amoxicilina, disponível no SUS ou fácil de comprar em drogarias por um preço razoável, e com posologia confortável.

Essa comparação foi feita para nos lembrar de que nem tudo que é recomendado, é acessível. Quando o tratamento é focado no paciente, a adesão é mais facilmente alcançada, e isso é fundamental nos casos de infecção.

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