ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

Transtornos de personalidade se caracterizam pela inflexibilidade e o prejuízo ou sofrimento que suas características provocam. Conheça o resumo sobre o tema!

Pessoas com transtornos de personalidade têm traços de personalidade que se apresentam de forma inflexível, persistente, repetitiva e mal adaptativa. Com isso, podem ter problemas, prejuízos, limitações ou sofrimento para a própria vida e a de seu círculo social.

São transtornos mentais de difícil controle, mas a remissão completa e prolongada pode ocorrer com o tratamento ou espontaneamente ao longo dos anos – embora as recorrências sejam comuns.

Os transtornos de personalidade tiveram diversas sistematizações e classificações nos últimos tempos. Pelo manual DSM-5, temos que eles são divididos em:

  • Grupo A: esquisitos ou excêntricos (paranoide, esquizoide e esquizotípica);
  • Grupo B: dramáticos, imprevisíveis e emotivos (antissocial, borderline, histriônica e narcisista);
  • Grupo C: ansiosos ou medrosos (evitativa ou esquiva, dependente e obsessivo-compulsiva).

A seguir, você confere um resumo sobre transtornos de personalidade!

Diagnóstico dos transtornos de personalidade

Os dez tipos de transtornos psiquiátricos acima citados, em conjunto, são tão frequentes quanto os outros transtornos mentais comuns, como:

  • Depressão;
  • Bipolaridade;
  • Transtornos de ansiedade (generalizada, pânico, fobias específicas, agorafobia);
  • Transtorno de estresse pós-traumático;
  • Fobia social;
  • Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade;
  • Transtornos por abuso de substâncias;
  • Esquizofrenia.

É importante para o profissional de saúde conhecer os dez perfis de personalidade e compreender os limites entre o perfil “normal” e o conceito de transtorno. Para isso, é preciso respeitar os critérios diagnósticos em relação ao nível de prejuízo ao funcionamento pessoal e nas interações sociais da pessoa e que esses problemas ocorrem de forma inflexível, estável, prolongada, persistente.

Também é importante que não haja outra explicação melhor, como outros transtornos psiquiátricos ou efeito de medicamentos ou substâncias.

A diferença do traço normal de personalidade para o transtorno de personalidade está na inflexibilidade e no prejuízo ou sofrimento que determinadas características provocam. 

Por sua frequência e gravidade, o transtorno de personalidade borderline é o maior desafio terapêutico e geralmente exige uma abordagem mais complexa com profissionais experientes. Também os transtornos de personalidade antissocial, narcisista e esquizotípico precisam de abordagens mais específicas e desafiadoras.

A resolutividade dos médicos aumenta significativamente quando eles adquirem capacidade de entender e lidar com esse tipo de paciente e com a forma que trazem múltiplas queixas e problemas de saúde, que só podem ser abordadas de forma eficaz dentro do contexto de sua saúde mental.

Tratamento e controle

O controle do transtorno deve ser feito por especialista em saúde mental com a ajuda dos profissionais da atenção primária. O problema é crônico, de difícil manejo e exige experiência para conseguir bons resultados.

A psicoterapia, seja na forma de terapia cognitiva comportamental ou psicoterapia psicodinâmica, é o tratamento de escolha.

Nenhuma forma de terapia medicamentosa específica tem indicação para os transtornos de personalidade. Mas, geralmente, medicamentos são necessários para controlar sintomas ou tratar comorbidades como impulsividade, ansiedade, depressão ou instabilidade de humor.

Estes foram alguns pontos-chave sobre transtornos de personalidade. Se você quiser saber mais sobre o que são, quando suspeitar, como confirmar e quais tratamentos são indicados, vale consultar o app Blackbook.

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