Pneumonia adquirida na comunidade
ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

Quadros de pneumonia adquirida na comunidade: etiologia, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e muito mais!

A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é o processo infeccioso agudo do parênquima pulmonar adquirido fora do ambiente hospitalar ou em até 48 horas após a internação.

No Brasil, é a principal causa de morte por doenças infecciosas e é uma importante causa de internação hospitalar, sobretudo nos pacientes acima de 60 anos.

As vacinas anti-influenza e anti-pneumocócica reduzem o número e gravidade de casos graves e complicações relacionados a essas doenças. Por isso, as medidas de prevenção são importantes, principalmente nos pacientes com fatores de risco.

Continue a leitura para compreender melhor o tema!

As principais causas da pneumonia adquirida na comunidade

A etiologia da pneumonia adquirida na comunidade varia muito com a região, idade, comorbidades e época do ano. No inverno, por exemplo, há aumento de casos por razões como o estreitamento brônquico.

O principal agente etiológico da pneumonia ainda é Streptococcus pneumoniae (pneumococo) – notado em 60% dos casos de pneumonia.

Porém, com a ampliação da cobertura do calendário vacinal e a maior disponibilidade de antibióticos, a flora respiratória tem mudado. Isso aumenta a prevalência de vírus e outras bactérias menos comuns como:

  • Haemophilus influenzae;
  • Mycoplasma pneumoniae;
  • Chlamydia pneumoniae;
  • Legionella spp.

Sinais e sintomas

Tosse, febre e prostração são os sinais e sintomas mais comuns da pneumonia adquirida na comunidade. Eles sempre devem levar à suspeita da doença, sobretudo nos pacientes com fatores de risco.

Nos idosos, o quadro pode ser inespecífico, com confusão mental, hiporexia e piora no estado geral.

Diagnóstico

O diagnóstico de pneumonia comunitária se confirma por meio de:

  • História clínica;
  • Exame físico;
  • Exames de imagem compatíveis com pneumonia.

A realização de exames complementares pode auxiliar nos casos duvidosos ou mais graves e para a identificação de complicações e do possível agente etiológico.

Tratamento da pneumonia adquirida na comunidade

O primeiro passo do tratamento da pneumonia adquirida na comunidade é a avaliação da gravidade através dos escores Pneumonia Severity Index (PSI) ou CURB-65, para determinar se o paciente deve ou não ser internado para os cuidados necessários.

Pacientes já com indicação de internação hospitalar são avaliados por meio dos escores de gravidade da ATS/IDSA, SMART-COP e SCAP. Eles estimam o risco de evolução para desfechos desfavoráveis e necessidade de tratamento em unidade de terapia intensiva (UTI). 

A base do tratamento é a antibioticoterapia empírica. Já a escolha do antibiótico depende da gravidade, da presença de fatores de risco de microorganismo multirresistente e se o ambiente é ambulatorial ou hospitalar.

Pistas epidemiológicas e alterações radiológicas podem direcionar para agentes específicos, com probabilidade de exigir um tratamento diferente do padrão.

Na ausência de estabilização clínica após 24 a 72 horas do início do antibiótico, avalia-se a necessidade de repetir ou realizar outros exames complementares de acordo com a suspeita.

Também vale pensar em diagnósticos alternativos à pneumonia comunitária ou complicações.

A pneumonia adquirida na comunidade é um dos casos recorrentes em plantões e atendimentos clínicos. Para aprofundar os conhecimentos ou mesmo fazer consultas mais precisas, baixe agora o app Blackbook!