Monkeypox
ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

Também chamada de varíola dos macacos, a monkeypox tornou-se Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em 2022. Veja os destaques sobre o tema!

A monkeypox (varíola dos macacos) é uma doença infecciosa viral que tem como principal característica clínica as lesões cutâneas – que, inclusive, lembram bastante as de uma varicela (catapora), ainda que sejam mais localizadas.

Trata-se de uma zoonose, cujo principal reservatório são os roedores silvestres, que podem transmitir a doença a primatas e para o ser humano. Por sua vez, a transmissão entre pessoas ocorre principalmente pelo contato íntimo com as lesões cutâneas.

Confira um resumo com os pontos-chave sobre a varíola dos macacos!

Origem e transmissão da monkeypox

O primeiro caso humano de monkeypox foi descrito em 1970. Porém, até recentemente a doença era endêmica em duas regiões da África, com surtos esporádicos, localizados e resolvidos em países da Europa e nos Estados Unidos.

Em maio de 2022, houve um surto de casos na Europa que se espalhou pelo mundo rapidamente, causando preocupação crescente, apesar da baixa contagiosidade. A Organização Mundial da Saúde declarou a monkeypox uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) em 23 de julho de 2022.

A transmissão ocorre sobretudo por contato pele a pele (geralmente contato íntimo). A transmissão por gotículas respiratórias de curto alcance é menos comum e exige contato próximo e prolongado com o doente.

É possível haver a transmissão da monkeypox por objetos, superfícies e roupas, mas parece bem rara nos casos atuais. Não há casos de transmissão por aerossóis, assim como ocorre na varicela.

Quando suspeitar e como confirmar

Por alguns dias antes do aparecimento das lesões vesiculares típicas, o paciente pode apresentar pródromo com:

  • Febre;
  • Cefaléia;
  • Mialgia;
  • Prostração;
  • Adenomegalia significativa (diferencial em relação à varicela), 

Apesar disso, muitos casos de monkeypox se resumem ao surgimento de poucas lesões na pele, sem manifestações sistêmicas.

As lesões típicas evoluem de mácula para pápula, vesícula (de 3 a 5 mm em média), pústula e crosta, ao longo de 7 a 14 dias. O aspecto lembra o exantema vesicular da varicela, mas na monkeypox é mais comum que todas as lesões estejam no mesmo estágio.

Na atual epidemia, as lesões tendem a ter distribuição centrífuga, predominando na região genital ou perianal (>70% dos casos), face (25%), tronco ou membros (50%) e mãos. Acometem as palmas das mãos e as solas dos pés em cerca de 10% dos casos.

A confirmação é feita por identificação do DNA viral por técnicas de PCR de material coletado na base das lesões. Elas podem ser feitas na rede de laboratórios de referência do SUS (LACEN). 

Tratamento da varíola dos macacos

A doença tem evolução autolimitada, e o tratamento é apenas de suporte, geralmente com:

  • Isolamento adequado;
  • Analgésicos;
  • Antipiréticos;
  • Hidratação mais frequente. 

Apenas poucos casos com sinais de alarme de complicações precisam ser internados. Alguns são internados por ser impossível o isolamento doméstico.

As medidas de isolamento (precauções de contato e aéreas) são essenciais para evitar a transmissão da doença. Elas devem ser mantidas até que todas as lesões tenham cicatrizado (geralmente duas a três semanas). Isso porque na monkeypox, diferentemente da varicela, as lesões ainda são transmissíveis na fase de crostas.

A vacina contra a varíola, cuja erradicação mundial se deu em 1977, é eficaz contra a monkeypox, mas não está disponível atualmente.

Os últimos vacinados contra varíola têm mais de 45 anos, já que a vacinação foi interrompida em 1974. Nos Estados Unidos e Europa, existem vacinas específicas já aprovadas, mas ainda pouco disponíveis.

As Secretarias de Saúde locais devem receber comunicados, orientações e acompanhamento de todos os casos de varíola dos macacos.

Estes foram os destaques sobre a monkeypox. Você pode conferir os detalhes de o que é, quando suspeitar, como confirmar e tratamento no app Blackbook.

Para acessar o conteúdo completo, assine o aplicativo e aproveite os 7 dias grátis!