ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas. |
Quando os níveis de hemoglobinas, hemácias e hematócrito decaem, acende-se o alerta de anemia na criança. Acompanhe o resumo sobre o tema!
A anemia é uma síndrome clínica que se manifesta em decorrência da queda dos níveis de hemácias, hematócrito e principalmente da hemoglobina – estes, então, ficam reduzidos o suficiente para prejudicar o transporte de oxigênio.
A seguir, confira um resumo sobre anemia na criança!
Possíveis causas
A anemia na criança pode ser causada por baixa produção, excesso de destruição ou perdas (hemorragias) agudas ou crônicas.
A baixa produção pode ser causada por carência de ferro, ácido fólico ou vitamina B12 ou por disfunção medular, como na aplasia.
O excesso de destruição é causado por anormalidades na hemácia (intrínsecas) como as hemoglobinopatias, enzimopatia, membranopatias ou por causas extrínsecas como autoimunidade, hiperesplenismo e infecções.
Tipos de anemias mais comuns em crianças
A anemia ferropriva é o tipo mais comum e é muito frequente na infância, principalmente em crianças de até 2 anos de idade.
Em crianças prematuras, pode ser normal uma hemoglobina entre 7 e 9 g/dL entre 3 e 6 semanas de vida, conhecida como anemia fisiológica dos prematuros. Em geral, têm remissão espontânea sem necessidade de tratamento além da profilaxia normal com ferro, específica desses pacientes.
Quando suspeitar
A maioria dos casos de anemia é assintomática ou tem sintomas inespecíficos como:
- Fraqueza;
- Desânimo;
- Hiporexia;
- Irritabilidade.
Quando sintomática, o principal sinal ao exame físico é a palidez cutâneo mucosa. Ela pode ser avaliada nas conjuntivas, palma das mãos, planta dos pés, leitos ungueais e mucosa oral, e é mais evidente quando a hemoglobina está abaixo de 8 g/dL.
Como confirmar
A confirmação do diagnóstico é feita pelo achado de níveis de hemoglobina abaixo do nível mínimo para a idade no hemograma.
A análise dos níveis hematimétricos, em conjunto com a suspeita clínica e outros exames como cinética de ferro, desidrogenase lática e reticulócitos, ajudam a definir a causa da anemia.
Tratamento da anemia na criança
O mielograma está indicado no caso de anemias normocíticas com reticulocitopenia ou associadas a redução de leucócitos ou de plaquetas.
O tratamento é direcionado à causa, e por isso é importante a definição do diagnóstico antes de iniciar o tratamento.
A realização de suplementação de ferro ou outros tratamentos empíricos deve ser evitada pois pode mascarar as alterações nos exames e prejudicar o diagnóstico definitivo.
O tratamento da anemia ferropriva é geralmente feito com sulfato ferroso em dose única diária de 3 a 5 mg/kg/dia, puro ou com suco cítrico.
Manter o tratamento por 4 a 6 meses ou até 2 meses após normalização do hemograma. Outros sais de ferro como ferro polimaltosado, glicinato ou sacarato possuem a mesma eficácia e podem ser utilizados se houver intolerância ao sulfato ferroso.
Ferro parenteral pode ser utilizado em casos de intolerância, não absorção por via oral, baixa adesão e, sobretudo, se os níveis de hemoglobina forem menores que 6 g/L.
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