ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas.

A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos causada por um defeito na maturação de alguma linhagem das células hematopoiéticas. É o câncer mais frequente da infância, podendo chegar a 30% das neoplasias em menores de 15 anos. 

Podem ser agudas ou crônicas e afetar a linhagem linfóide ou mielóide.

As formas agudas são as mais comuns na infância, e são divididas em leucemia mielóide aguda (LMA) e leucemia linfóide aguda (LLA). As formas crônicas são mais raras e divididas em mielóide crônica juvenil e mielóide crônica tipo adulto.

A seguir, você confere um resumo da rotina sobre leucemias. Continue a leitura!

Diagnóstico

As manifestações clínicas iniciais são inespecíficas como fadiga, hiporexia e mal-estar, e raramente levam à suspeita de leucemia nessa fase. Com o tempo, os sintomas se acentuam e surgem manifestações mais típicas relacionadas à plaquetopenia, como:

  • Hemorragias;
  • Petéquias e equimoses;
  • Dor óssea por infiltração medular;
  • Hepatoesplenomegalia;
  • Linfadenomegalia generalizada. 

Também são comuns as infecções recorrentes pela neutropenia.

A anemia e plaquetopenia são as principais alterações nos exames complementares iniciais. Pode haver leucocitose intensa ou neutropenia e a presença de blastos no sangue periférico é o achado mais específico. 

O diagnóstico é confirmado através do mielograma, pela presença de mais de 20 a 30% de blastos de morfologia homogênea. 

A classificação morfológica do mielograma tem importância prognóstica e define a estratégia de tratamento. Por isso, deve ser feita por um hematologista experiente. 

Geralmente, consegue diferenciar a LLA da LMA, exceto nas leucemias mielóides menos diferenciadas, que exigem a diferenciação por técnicas de imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular. 

Tipos de leucemia (LLA, LMA, leucemias crônicas)

Tratamento de leucemias

Após a confirmação do diagnóstico, a quimioterapia deve começar o mais rápido possível e é baseada em protocolos de acordo com a morfologia, a imunofenotipagem e a classificação de risco.

O tratamento é realizado por hematologistas ou oncologistas especializados e pode durar de 2 a 3 anos. Os resultados são organizados em registros multicêntricos que servem de base para as modificações nas versões dos protocolos periodicamente atualizados. 

O transplante de medula óssea de um irmão doador HLA compatível é o tratamento de escolha na leucemia mielóide aguda após a indução de remissão inicial ou nos casos de leucemias linfoblásticas agudas (LLA) com translocação t(9;22) e t(4;11), nas recidivas da LLA, ou casos com hipodiploidia após a indução inicial de remissão.

Este foi um resumo da rotina sobre leucemias. No app Blackbook, você encontra em detalhes os conceitos, definições, fatores de risco, indícios de quando suspeitar, exames para confirmação e indicações de tratamento.

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