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7 rotinas para o médico da família consultar no Blackbook

Médico da família - app Blackbook

Conhecimento nunca é demais para o médico da família. Saiba quais rotinas do Blackbook podem ajudar o profissional! O médico da família tem um papel essencial para a saúde e a qualidade de vida da população. Segundo estudo realizado em 20201, estima-se que há 7.149 profissionais atuando na Medicina da Família e Comunidade no Brasil. Foram considerados o número de inscrições nos Conselhos Regionais de Medicina e títulos de especialista. Figurando entre as 15 especialidades mais procuradas pelos residentes, o médico da família tem como prioridade o relacionamento com o paciente. Essa atenção primária, quando não auxilia as pessoas na resolução de problemas clínicos, tem papel decisivo no encaminhamento para especialistas. Além disso, destacamos que as orientações de promoção de saúde e de adoção de um estilo de vida saudável ajudam a prevenir problemas como obesidade, diabetes, tabagismo, alcoolismo, entre outros. Para o profissional da Medicina da Família e Comunidade, buscar o conhecimento e a solução para dúvidas para as tomadas de decisão são práticas essenciais. É por isso que separamos 7 sugestões de rotinas do conteúdo Blackbook para consultar sempre que necessário. Confira! Atenção primária à saúde É a porta de entrada e a base dos sistemas de saúde pública do mundo, inclusive do SUS. No Brasil, consiste em uma rede de atenção com base na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Seu objetivo é prestar atenção básica, generalista, centrada na família e focada na comunidade.  A eficácia do sistema de saúde depende de um equilíbrio entre as ações curativas, de reabilitação, preventivas e de promoção de saúde, que deve ser coordenada dentro de uma equipe multiprofissional local. Os principais desafios da Atenção Primária pública são de financiamento e de gestão para conseguir implantar em cada ponto de atenção uma assistência de qualidade e que possa ser capaz de garantir resolutividade de 80 e 85% das demandas de saúde da população assistida. Na rotina de mesmo nome do Blackbook, você encontra a sistematização: Consulta de avaliação e promoção de saúde As consultas preventivas e de promoção de saúde são uma excelente oportunidade de estreitar o vínculo de confiança entre o profissional e o paciente. Isso tem impacto direto na adesão e eficácia de todos os tratamentos prescritos, bem como contribui para evitar doenças futuras, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade. Rotinas e sistematizações de abordagem preventiva nessas consultas podem torná-las mais eficazes – sobretudo pela identificação e controle dos fatores de risco, orientações de promoção de saúde e mudanças de hábitos de vida nocivos ou que pioram a mortalidade. Como a demanda por consultas de controle sem queixas específicas tende a diminuir nos dias atuais, é importante que o profissional inclua essas ações preventivas nas demais consultas de controle de doenças crônicas ou por problemas agudos de saúde. Recomendações de promoção de saúde: Roteiro básico de anamnese e exame físico Uma das bases da prática profissional do médico é a capacidade de fazer uma avaliação detalhada e minuciosa do paciente pela sua história clínica e exame físico. Ela deve de abrangência sem deixar de ser objetiva e eficiente pela limitação do tempo.  Roteiros de anamnese e exame físico são muito úteis, sobretudo na fase aprendizado e início de carreira, até que o profissional adquira experiência e sistematize seu próprio atendimento. Além das questões técnicas relacionadas ao diagnóstico, essas habilidades estão fortemente relacionadas à formação e ao reforço do vínculo com o paciente, mostrando empatia, interesse e usando linguagem adequada para o entendimento.  Com o tempo e a experiência, o profissional desenvolve uma habilidade de dirigir, tanto a anamnese como o exame físico, para afastar ou confirmar de forma mais eficaz as hipóteses diagnósticas que vão aparecendo ao longo deste processo. Fundamentos da prescrição e da relação com o paciente Para abordar um paciente como um indivíduo singular e não como o portador de uma doença, o médico e demais profissionais de saúde precisam conhecê-lo e compreendê-lo melhor como pessoa. A prescrição é uma parte importante do cuidado médico, mas não é a principal. A qualidade do relacionamento médico paciente, a escuta qualificada dos problemas e queixas, e a capacidade de fazer o paciente adotar hábitos saudáveis de vida são muito mais importantes ao longo do tempo. É importante entender que, muitas vezes, o paciente precisa mais do médico, de sua atenção e cuidado, e não de medicamentos. Existem múltiplas considerações que o médico precisa fazer para a escolha adequada da terapia medicamentosa, como o diagnóstico, características de eficácia e segurança das alternativas medicamentosas, tipo e preferências do paciente, disponibilidade, custo, etc. Vacinas As imunizações e o saneamento básico são uma das formas mais eficazes e efetivas de prevenção de doenças e promoção de saúde. É uma obrigação do profissional de saúde cuidar para que todos os pacientes estejam com seu esquema vacinal atualizado. Vale lembrar que as vacinas são parte importante da atenção primária pública e postos de vacinação funcionam em grande parte das UBS (Unidades Básicas de Saúde) do SUS. Existem imunizações com ótima relação eficácia/segurança para doenças ou agentes específicos, como: Hipertensão arterial Hipertensão arterial é uma das doenças crônicas mais frequentes em adultos e o principal fator de risco cardiovascular. Acredita-se que mais da metade desses casos começam e podem ser abordados ainda na infância. É uma doença assintomática e seu diagnóstico depende da medida dos níveis pressóricos de forma periódica e frequente – sobretudo após os 55 anos, nos pacientes com obesidade abdominal e história familiar de hipertensão ou com outros fatores de risco cardiovascular. O tratamento inclui o uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida que ajudam a reduzir os níveis pressóricos ou melhorar os demais fatores de risco. Embora o tratamento farmacológico deva ser iniciado precocemente, a estratégia de controle inicial apenas com medidas medicamentosas é questionável em termos de eficácia, sobretudo nos pacientes com risco cardiovascular elevado (> 10%). Diabetes O diabetes tipo 1 típico da infância e adolescência é a forma insulino-dependente de diabetes causada por falência de produção de insulina

Penicilina V é primeira escolha para faringite estreptocócica?

ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas. Atualmente, com tanta facilidade de acesso, é comum que profissionais e instituições da área de saúde utilizem protocolos internacionais reconhecidos para o diagnóstico e o tratamento de doenças comuns em nosso meio. Alguns exemplos muito conhecidos são o AHA (American Heart Association) e o JNC (Joint National Committee), utilizados na hipertensão arterial, o GINA (Global Initiative for Asthma) na asma e o GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) para DPOC. Esses protocolos são extremamente confiáveis, desde que as metodologias e técnicas utilizadas sejam adaptadas para nossa realidade. Nesse contexto, é importante considerar algumas diferenças clássicas que podem existir entre os esquemas de tratamento recomendados em outros países e aqueles que temos disponíveis em nosso meio. Um grande exemplo é o tratamento da faringite estreptocócica, muito comum no mundo inteiro. Essa infecção é tratada com antibioticoterapia, e os protocolos e compêndios internacionais recomendam como primeira escolha o uso de penicilina V oral, ou fenoximetilpenicilina. As doses recomendadas são 250 mg para crianças até 27 kg e 500 mg para crianças acima de 27 kg e adultos, 2 a 3 vezes ao dia durante 10 dias. Ora, essa formulação está amplamente disponível no mercado internacional, seja na forma de cápsula (250 ou 500 mg) ou de suspensão oral (125 ou 250 mg/5 mL), além de possuir apresentações genéricas de diversos fabricantes. No Brasil, todavia, a realidade é outra: possuímos apenas uma marca de referência e uma de similar. A formulação deles é muito diferente, com comprimidos de 500.000 UI (ou 312,5 mg) e suspensão oral de 400.000 UI/5 mL (ou 250 mg/5 mL). Quando o mercado disponibiliza apenas 1 ou 2 marcas, normalmente, se espera um preço mais elevado. Além disso, para adequar a posologia à recomendação internacional, precisaríamos utilizar apenas a suspensão oral, cuja dose é equivalente em mg, mas que tem validade de apenas 7 dias após o preparo. Isso torna necessário a compra de pelo menos 2 frascos para se completar o tratamento de 10 dias. Todas essas dificuldades tornam o uso desse medicamento quase restrito por aqui. A recomendação de rotina para o tratamento oral é a amoxicilina, disponível no SUS ou fácil de comprar em drogarias por um preço razoável, e com posologia confortável. Essa comparação foi feita para nos lembrar de que nem tudo que é recomendado, é acessível. Quando o tratamento é focado no paciente, a adesão é mais facilmente alcançada, e isso é fundamental nos casos de infecção. Não deixe de ver a rotina atualizada no app Blackbook para o tratamento de faringites e amigdalites em adultos e em crianças. É onde os principais esquemas são abordados, com indicação de escolhas e alternativas de tratamento disponíveis no nosso mercado. Se ainda não tem acesso ao conteúdo completo em rotinas e medicamentos para profissionais da saúde, baixe agora o app Blackbook! Fernanda CamposMestra em Medicamentos e Assistência Farmacêutica pela UFMG Farmacêutica editora na Blackbook desde 2016 fernanda@blackbook.com.br