Febre maculosa: um alerta à saúde pública brasileira

ATENÇÃO: o conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas. Os primeiros casos da febre maculosa no Brasil datam de 1929 no estado de São Paulo. A preocupação com a febre maculosa cresceu nos últimos anos, particularmente nas últimas semanas. No Brasil, a doença sempre foi mais frequente na região sudeste, associado ao desmatamento acelerado da Mata Atlântica, ocupações urbanas em áreas de matas como condomínios e criação de equídeos junto à bovinos, propiciando repasto sanguíneo abundante para os carrapatos do gênero Amblyomma. Conceito, agente etiológico e vetores Segundo a Dra. Aline Almeida Bentes, infectologista pediatra e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a febre maculosa brasileira é uma zoonose causada pela bactéria do gênero Rickettsia sp., sobretudo pela R. rickettsii (bactéria mais letal dos tipos de febre maculosa), cocobacilo pequeno (0,1 a 0,3 µm), gram-negativo e obrigatoriamente intracelular. No entanto, outras espécies de riquétsias têm sido detectadas em pacientes com febre maculosa, como é o caso da R. parkeri (casos geralmente mais brandos). Além do Brasil, as bactérias do gênero Rickettsia sp. são encontradas em vários outros locais do mundo, sendo que em cada região a doença recebe um nome e possui uma espécie causadora principal: A patologia é classificada sindromicamente como uma Doença Infecciosa Febril Aguda, transmitida por carrapatos, que pode cursar com formas leves e atípicas até formas graves com elevada taxa de letalidade. Nesse sentido, ela faz diagnósticos diferenciais com, por exemplo: leptospirose; dengue; hepatite viral e salmonelose. Transmissão da febre maculosa Os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma sp., como: A. sculptum (A. cajennense) – popularmente conhecido como carrapato-estrela, A. aureolatum e A. ovale. Destaca-se que tais carrapatos também podem ser reservatórios de protozoários como Babesia (causador da babesiose) e Rangelia (causadora de doença que acomete sobretudo cães, a rangeliose); bactérias como Ehrlichia canis, Anaplasma (anaplasmose canina) e a Borrelia burgdorferi, que causa a doença de Lyme. Aliás, qualquer espécie de carrapato pode ser um reservatório de riquétsias. Outros reservatórios para os carrapatos com riquétsias incluem equídeos (cavalo, pônei, asno e burro), capivaras (estas, quando picadas por carrapatos infectados, propagam a contaminação para carrapatos sem a bactéria), gambás e cães. Sinais e sintomas da febre maculosa brasileira Em primeiro lugar, o profissional de saúde deve estar atento aos pacientes com quadro clínico febril abrupto que tenham contato com: Assim sendo, a febre maculosa brasileira se manifesta normalmente com os seguintes sinais e sintomas: Principalmente, atente-se aos sinais e sintomas de alerta da febre maculosa, que representam indicações de internação: Nesse sentido, identificar precocemente o quadro clínico é fator decisivo para a implementação do tratamento precoce e evitar a mortalidade. Diagnóstico da febre maculosa Não se deve aguardar resultados dos exames diagnósticos da febre maculosa para iniciar o tratamento (a maioria dos óbitos ocorre entre o 5º e o 10º dia). Em síntese, a confirmação do diagnóstico de febre maculosa se dá através de questionamentos precisos ao paciente sobre possíveis contatos recentes com áreas de transmissão da febre maculosa. Dessa forma, a presença de sintomas inespecíficos associada a esses contatos é o indicativo não só da realização de exames de confirmação como também do início da antibioticoterapia empírica. Assim sendo, o método sorológico mais utilizado para o diagnóstico consiste na imunofluorescência indireta (IFI), que normalmente traz resultado positivo entre o 7º e 10º dia do início dos sintomas. No entanto, é possível que haja falsos positivos, uma vez que os anticorpos do tipo IgM podem apresentar reação cruzada com outras doenças como dengue e leptospirose. Nesse sentido, os anticorpos IgG são os mais específicos. A fim de de confirmar o diagnóstico, faz-se necessário realizar duas coletas, sendo a primeira nos primeiros dias do quadro clínico e a segunda entre 14 e 21 dias da primeira. Então, caso houver aumento de 4x na titulação dos anticorpos, dá-se o diagnóstico. Além disso, outros métodos diagnósticos são: Alterações laboratoriais De forma mais recorrente, pode-se encontrar tais alterações: Aliás, em casos graves, pode-se evidenciar: Prevenção da febre maculosa Com toda a certeza, a prevenção da febre maculosa requer orientações precisas aos pacientes. Por exemplo, ao passear por áreas de mata, floresta, parques ecológicos, roça, evitar caminhar em locais com grama ou vegetação alta. E sempre que passear nestes locais ou andar à cavalo fazer o uso de: Do mesmo modo, os pacientes também devem ser instruídos a realizar uma inspeção a cada 3-4 horas, procurando carrapatos, para evitar que eles permaneçam muito tempo no corpo em repasto sanguíneo. Caso se encontre carrapatos, retire-os através de uma pinça, sem apertá-los ou esmagá-los. Além disso, higienize a área da picada com água e sabão ou álcool. Tratamento da febre maculosa O tratamento antimicrobiano da febre maculosa deve ser iniciado assim que houver suspeita clínica. A droga de escolha é a doxiciclina, dada a sua eficácia comprovada contra riquétsias. Ao propósito, a doxiciclina é uma das principais drogas da classe das tetraciclinas, as quais atuam nos ribossomos (ligação reversível à subunidade 30S) bacterianos, impedindo a síntese proteica (ação bacteriostática). Outrossim, a doxiciclina ainda é a primeira escolha em casos graves de febre maculosa em crianças, dada a alta letalidade da doença. Conforme orientam os protocolos, a dose preconizada de doxiciclina é de 100 mg VO ou EV de 12/12 horas – manter por 3 dias após o término da febre. Como segunda escolha, pode-se utilizar para tratamento o cloranfenicol na dose de 1 g EV de 6/6 horas até melhora do quadro clínico geral e manter por mais de 7 dias, com a dose de 500 mg VO de 6/6 horas. Aliás, em casos que não exigem internação, pode-se iniciar com a opção de 500 mg VO de 6/6 horas, manter por 3 dias após o término da febre. Além disso, casos com indicação de internação devem receber hidratação endovenosa com reposição de sódio, potássio e magnésio, se necessário. Por fim, utilizar sintomáticos para a febre, dor, náuseas e vômitos, bem como um fármaco para a
Redes sociais para médicos: 5 pontos para ter atenção


As redes sociais para médicos são meios de comunicação poderosos, que ajudam os profissionais na conquista de pacientes e no reforço de sua autoridade. Saiba como usá-las estrategicamente e dentro da ética da Medicina! Estamos na era da influência e do relacionamento. Com as plataformas online nas mãos de 131,5 milhões de pessoas1 só aqui no Brasil, elas se tornaram um dos meios indicados para construir uma carreira sólida e fazer com que seu nome seja reconhecido. Para os médicos, essa é uma realidade ainda mais oportuna. Afinal, são bons locais para promover a saúde entre a população, incentivando hábitos saudáveis e os cuidados preventivos para a melhor qualidade de vida das pessoas. Mas é verdade que a presença online pode conflitar com as práticas e condutas éticas da profissão. Existem critérios rigorosos a seguir no quesito publicidade, de modo a inibir osensacionalismo, a autopromoção e a mercantilização. Diante disso, como deve ser a atuação dos médicos nas redes sociais? Como alcançar os objetivos de promoção de saúde e criação de um bom relacionamento com os pacientes? É o que veremos a partir de agora. A seguir, listamos orientações de redes sociais para médicos de acordo com o guia de boas práticas do Conselho Federal de Medicina2. Confira! 1. Aproveitar os benefícios das plataformas para a carreira Em primeiro lugar, é importante entender o grande potencial das redes sociais para médicos em diferentes estágios da carreira – dos recém-formados aos que contam com longos anos de experiência e atuação. Conhecendo esses benefícios, é possível aproveitá-los para alcançar seus objetivos com a presença online. 2. Ter cuidado com a comunicação O Manual de Publicidade Médica deixa evidente que é proibido fazer propaganda de técnicas não reconhecidas pelo CFM. Então, o profissional jamais deve divulgar métodos não comprovados, nem mesmo publicar “antes e depois” de pacientes (ainda que estes estejam cientes). Ainda que a intenção seja aumentar a credibilidade e sua reputação online, lembre-se de que é vedado o compartilhamento de telefone e endereço de clínicas ou outros empreendimentos em saúde. Em resumo, a rede social para médicos não é para garantir resultados, fazer promessas de procedimentos bem-sucedidos ou publicidade de alguma forma. Essas são, inclusive, práticas que levam a consequências – que vão da advertência à suspensão da licença. Outro aspecto que não pode passar perto das suas redes sociais são as informações falsas ou que causem intranquilidade, medo e pânico das pessoas. Por exemplo, a ideia não é chegar nos stories com notícias alarmantes na tentativa de conscientizar as pessoas. O médico tem a responsabilidade de informar e não deixar meias verdades. Uma comunicação empática, responsável e, acima de tudo, informativa é o que se deve ter em mente para as redes sociais profissionais. 3. Produzir um conteúdos de valor Se não pode divulgar pacientes nem os “melhores procedimentos”, qual conteúdo produzir nas redes sociais? As possibilidades são inúmeras. Você pode considerar para o post as principais dúvidas das pessoas sobre sua especialidade, ou seja, aquelas que mais aparecem no seu atendimento. O formato vai depender da sua disponibilidade e familiaridade com edição. Entre as mais comuns estão: Mais uma vez reforçamos: os conteúdos não devem ser um aconselhamento médico específico para determinada condição. Ainda que casos clínicos sejam uma oportunidade para fornecer sugestões educativas de promoção da saúde, é preciso ter todo o cuidado para preservar o anonimato dos pacientes. 4. Escolher bem as imagens para publicações De acordo com as regras do CFM, não é permitido publicar selfie com seus pacientes, sobretudo em ambiente de trabalho. Se eles tirarem e quiserem postar nas próprias redes sociais, não há impedimentos. Mas tenha atenção: se isso acontecer com frequência, o profissional pode receber advertências. Como vimos, também não pode publicar fotos de “antes e depois” de um procedimento. A razão é simples: como você não tem permissão de garantir os resultados e esse tipo de comunicação visual deixa a mensagem implícita, a prática fica proibida. Nesse sentido, as dicas são simples e diretas: evite a superexposição do ambiente de trabalho. Uma coisa é postar foto com a sua equipe durante a socialização, que demonstra companheirismo e um ambiente amigável de trabalho. Outra bem diferente é retratar uma sala de cirurgia ou atendimento com um paciente dentro do consultório, sendo exposto. No geral, use e abuse do bom senso antes de compartilhar fotos! 5. Abrir espaço para o diálogo com os pacientes É claro que o médico não vai abrir o chat ou as mensagens particulares para consultas online ou aconselhamento médico. A proposta das redes sociais não é essa! Nossa sugestão é tirar dúvidas sobre saúde, levar informações baseadas em evidências e reforçar os hábitos saudáveis. Vale encarar as redes sociais como um canal de comunicação e, sobretudo, humanização da sua marca pessoal. Ainda que a intenção seja reforçar a autoridade, é uma oportunidade de se mostrar humano, aberto e comprometido com a missão de promover a saúde. As redes sociais para médicos são boas oportunidades para se colocar à serviço da comunidade para orientar e informar. O marketing médico não deve se aliar a venda de produtos ou métodos, nem mesmo se entregar às práticas publicitárias com fins comerciais. Em vez disso, aproveite para compartilhar seus conhecimentos e construir uma presença online de acordo com a ética da profissão. As sugestões foram úteis para você? Então, aproveite que está por aqui e entenda melhor sobre o potencial e as boas práticas do marketing médico! Fonte:
Artrite reumatoide


A artrite reumatoide se manifesta como uma poliartrite crônica simétrica progressiva e aditiva. Frequentemente, acompanham sintomas gerais, como fadiga, astenia, mialgia e perda ponderal. Conheça os principais pontos sobre a rotina! Sendo uma doença inflamatória autoimune sistêmica mais comum na população adulta, a artrite reumatoide atinge quase 1% dos adultos. É uma poliartrite simétrica crônica de pequenas e grandes articulações, progressiva e de caráter aditivo em suas lesões e sequelas. Vale reforçar que seu potencial de causar grande prejuízo funcional e impacto na qualidade de vida é grande. Embora seja uma enfermidade crônica e sem perspectiva de cura definitiva, existem bons tratamentos capazes de melhorar muito o curso da doença – sobretudo se iniciados precocemente, nos primeiros meses após o início dos sintomas. A seguir, você confere um resumo sobre o que vai encontrar na rotina de artrite reumatoide do app Blackbook. Sinais e sintomas de artrite reumatoide Nos casos mais avançados de artrite reumatoide, o diagnóstico é basicamente clínico, baseado nas características das manifestações articulares e em sua evolução. As manifestações extra-articulares juntamente com exames laboratoriais e de imagem são importantes na confirmação e para afastar diagnósticos alternativos. É bom entender que, nas fases iniciais da doença, nas quais a janela de oportunidade de tratamento precoce é muito importante, a diferenciação de outras poliartrites inflamatórias pode ser difícil. A ausência de sinais de outras doenças relacionadas às artrites, como psoríase, doença inflamatória intestinal e manifestações cutâneas e sistêmicas sugestivas de lúpus, aumenta a chance do diagnóstico de artrite reumatoide. Entre os exames laboratoriais, o fator reumatoide e o anti-CCP positivo são de grande ajuda no diagnóstico – apesar de não afastarem a doença quando negativos e de serem positivos em outras doenças, reumatológicas ou não. As provas de atividade inflamatória com proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação elevadas ajudam no diagnóstico e na avaliação da intensidade do processo inflamatório. O mesmo ocorre no acompanhamento evolutivo da doença e da resposta ao tratamento instituído. Fatores importantes a considerar sobre tratamento da artrite reumatoide Quando não tratada ou refratária ao tratamento implementado, a artrite reumatoide causa deformidades e destruição progressiva das articulações e do osso periarticular. Isso leva o paciente a dores crônicas e perda da capacidade funcional. Por isso, o diagnóstico precoce é importante para que o uso das drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) seja iniciado nos 3 a 6 primeiros meses após as primeiras manifestações. A meta do tratamento é o controle de longo prazo da atividade inflamatória da doença, com cinco objetivos: Estes foram apenas os pontos-chave da rotina sobre artrite reumatoide. No app Blackbook, você encontra informações valiosas de como abordar essa condição, além de condutas para controlar as dores e sequelas. Quer acessar o conteúdo completo? Então, baixe o app no seu celular e aproveite os 7 dias de teste grátis!
A importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde


Além dos cuidados diários e da dedicação ao paciente, é importante salientar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde. Confira mais sobre o tema! Uma equipe multiprofissional em saúde é composta por diversos profissionais: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, entre tantos outros. A extensão desse time pode ser maior ou menor dependendo da complexidade do serviço hospitalar ou ambulatorial. Os enfermeiros têm um papel fundamental na assistência aos pacientes e têm muito a contribuir para a formação e no funcionamento harmônico das equipes multidisciplinares em saúde. Sua atuação no cuidado com o paciente é a mais próxima deste. Ela envolve uma interação com o trabalho de todos os demais profissionais, tornando a assistência mais completa e integrada. Aliás, o enfermeiro atua simultaneamente em diversas áreas, como planejamento dos cuidados, preparo e administração de medicamentos, além do monitoramento dos sinais vitais. Ademais, usa técnicas de monitoração avançadas da evolução clínica, realiza a detecção precoce de sinais de complicações, implementa as medidas de segurança do paciente. Isso sem falar nas ações em diferentes linhas de cuidados (do adulto, da criança, do idoso, da gestante, da mulher) e do papel essencial em diversos procedimentos diagnósticos e de tratamento nas unidades de clínicas e cirúrgicas de diferentes níveis de complexidade. Na semana de 12 de maio, comemora-se o Dia do Enfermeiro. Por isso, queremos homenagear e destacar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional e na qualidade do cuidado com o paciente em todos os níveis de assistência. O enfermeiro na equipe multiprofissional em saúde Além da excelência e dedicação ao paciente e da luta diária pela qualidade da assistência, muitas vezes, os enfermeiros acabam assumindo responsabilidades de outros profissionais. Na prática, atuam em funções que seriam do farmacêutico clínico, psicólogo, assistente social, administrador, nutricionista clínico, terapeuta ocupacional etc. Não raro, ainda fazem o papel de amigo e acompanhante de pacientes sem o devido apoio da família. Existem diferentes estruturas de trabalhos multidisciplinares em diversos ambientes de trabalho e nível de complexidade da assistência. Porém, não há nenhuma em que o enfermeiro não esteja presente, geralmente com um papel indispensável. Por exemplo, podemos notar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde a partir dos seguintes casos: Além disso, não há como negar a responsabilidade dos enfermeiros ao garantir um ambiente seguro e livre de riscos aos pacientes. Esses profissionais atuam com a prevenção de infecções hospitalares e na garantia de funcionamento de equipamentos médicos. O enfermeiro enquanto líder A importância dos enfermeiros também se dá na coordenação de diversas equipes de saúde – sobretudo com técnicos, auxiliares, assistentes e profissionais em formação (internos, residentes, entre outros). Para isso, desempenham habilidades que vão muito além das condutas clínicas, envolvendo comunicação e inteligência emocional. Nessas ocasiões, precisam manter registros precisos e detalhados sobre tratamento de pacientes, além de compartilhar informações com os demais profissionais envolvidos nas equipes multiprofissionais de saúde. Não são incomuns os casos em que se responsabilizam pelo alinhamento e a coordenação dos tratamentos. A atuação das equipes multiprofissionais na pandemia A COVID-19 foi um grande desafio para as equipes multiprofissionais de saúde. Em seu enfrentamento diário nos picos da pandemia, a sincronização de responsabilidades e apoio mútuo atingiu recordes sucessivos de esforços coletivos de solidariedade com o paciente, parentes afastados e entre colegas. Como os casos graves exigiam muito mais cuidados que intervenções médicas, os enfermeiros, em especial, foram sobrecarregados. Além da dura luta do dia a dia com equipamentos fechados de proteção, a cobertura de plantões dos colegas doentes deixou todos nos limites do burnout no cumprimento de uma missão que a profissão nos cobrou pela primeira vez com tal intensidade em um século. Nas equipes da atenção primária, emergência, unidades de internação e terapia intensiva, todos os profissionais de saúde foram muito além de suas obrigações e milhares perderam a vida ao adoecer durante a luta. É por isso que o encerramento da Emergência Mundial de Saúde pela COVID-19 neste último 05 de maio foi a coroação da vitória de uma guerra. Nela, os enfermeiros à beira do leito foram amigos e “anjos” que 700 mil brasileiros tiveram em seus últimos minutos. A importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde é inegável. Eles fornecem cuidados especializados e personalizados aos pacientes, com foco na promoção da saúde e na segurança do ambiente. Muitas vezes, acabam assumindo funções de outros profissionais, além da liderança dos grupos multidisciplinares. Quer saber mais sobre a atuação multidisciplinar que envolve profissionais de enfermagem? Siga para o próximo conteúdo e conheça tudo sobre a equipe multiprofissional em saúde!