Wearables na saúde: a Medicina conectada cada vez mais próxima
O uso de wearables na saúde pode ser um dos diferenciais do seu relacionamento com pacientes nos próximos anos. A partir de agora, você vai entender melhor os benefícios e potencial desses dispositivos! A tecnologia se faz cada vez mais presente na vida das pessoas. Hoje, os aparelhos já conseguem oferecer respostas precisas para diversas dúvidas do ser humano, indo muito além do entretenimento e da comunicação instantânea. É o caso do uso dos wearables na saúde. Os smartwatches, conhecidos como relógios inteligentes, são um exemplo evidente desses dispositivos em prol da saúde. Além do básico, como a contagem de passos, o monitoramento de batimentos cardíacos e do sono, já há modelos que medem a oxigenação do sangue e fazem um eletrocardiograma simples com poucos segundos de toque. Ainda que não sejam dados 100% precisos, são bons aliados no acompanhamento da própria saúde e em reportes médicos. Não é à toa que, segundo pesquisa da Cisco AppDynamics1, 89% dos consumidores brasileiros têm vontade de utilizar wearables como recurso de saúde. Mas como esses devices podem contribuir para a promoção da saúde no país? Qual o panorama de uso, evidências de benefícios e possibilidades para o futuro? É o que veremos ao longo deste conteúdo. Entenda como podem auxiliar na relação médico-paciente e até nos atendimentos de Telemedicina! Os wearables na saúde: entendendo melhor a tecnologia Você pode estar se perguntando o que são os wearables, afinal. Eles nada mais são do que dispositivos “vestíveis”, assim como acessórios de uso cotidiano, mas equipados com recursos tecnológicos. Por exemplo, os smartwatches, que geram dados em tempo real sobre diversas condições dos usuários. Sua função é coletar dados em tempo real de seu usuário, armazenando e processando essas informações para gerar relatórios de saúde. Outros dispositivos disponíveis no mercado são as pulseiras inteligentes (smartbands), os anéis que monitoram doenças crônicas, os adesivos com sensores de glicemia, os óculos inteligentes (smart glasses) e assim por diante. Cada um tem seus objetivos e monitores específicos. Alguns, para uso mais geral, como os smartwatches, que captam diversos sinais vitais e informações no âmbito fitness. Outros, para uso específico: controle de diabetes, dados de sono etc. 4 impactos desses dispositivos na promoção à saúde Um aparelho vestível como estes que vimos até aqui tem um papel fundamental e indiscutível na saúde pública: colocar o paciente como protagonista de seus próprios cuidados. Afinal, os dados o ajudam a acompanhar informações valiosas e se motivar em outros quesitos. Na sequência, detalhamos melhor esses impactos da tecnologia na saúde. 1. Monitoramento em tempo real A proposta do wearable na saúde é justamente acompanhar seu usuário em quaisquer situações do dia a dia. Com isso, ele tem consigo informações em tempo real sobre suas condições – seja em repouso dentro de casa, seja durante uma atividade física ou em movimento. Relatórios com alterações ou padrões de dados podem ser compartilhados com o profissional de saúde sempre que necessário para um melhor acompanhamento. Inclusive, em atendimentos remotos, em que o médico ou o enfermeiro não realiza as aferições pessoalmente, essas informações permitem uma teleconsulta mais completa. Também são essenciais para que os familiares tenham mais controle nos cuidados de pacientes idosos. Por exemplo, com a detecção de uma queda, mesmo estando longe, esse parente consegue providenciar o atendimento rápido devido ao alerta do dispositivo. Outro cenário em que os wearables são valiosos na Medicina acontece na detecção de sinais de alarme antes que se tornem, de fato, grandes problemas. O próprio paciente consegue se antecipar a quadros graves e consultar um profissional da saúde em uma posição de prevenção. 2. Acompanhamento de casos graves Há sensores que já conseguem identificar alterações de pressão arterial, ataques epilépticos, convulsões, quedas e outras situações que, se descobertas prontamente, são decisivas nos primeiros socorros ao paciente. Para o acompanhamento pós-cirúrgico ou durante tratamentos prolongados, os dispositivos wearables na saúde também são muito úteis. Com acesso aos dados, o profissional consegue saber se houve alguma complicação, conduta fora do padrão do paciente, entre outros cenários. Muito mais do que os sinais vitais da pessoa, os wearables estão bem próximos de monitorar condições mais complexas, com ajuda dos biosensores. Nos próximos anos, a tendência é que consigam indicar sinais de câncer, doenças neurológicas e outras condições. 3. Maiores chances de adesão ao tratamento O desengajamento do paciente em relação ao seu tratamento é um dos desafios encontrados pelos profissionais da saúde. Os motivos vão desde a gestão de tempo à incompreensão da importância de seguir as orientações, embora estas sejam reforçadas a todo momento durante os atendimentos. Com os wearables, nem sempre esses pacientes precisam sair de sua rotina para seguir determinadas instruções. Tome como um exemplo básico a prática de exercícios e a movimentação durante o dia. Os relógios inteligentes têm tecnologias para estimular essas atividades e, consequentemente, os hábitos saudáveis. Por outro lado, com reportes de sinais vitais mais frequentes aos quais o profissional pode ter acesso, ele consegue incentivar o paciente por outros meios – por exemplo, com uma mensagem no celular ou e-mail, reforçando as orientações do tratamento. 4. Incentivo a hábitos saudáveis Um dos papéis de todo profissional da saúde, como você bem sabe, é promover a adoção de hábitos saudáveis – que previnem doenças e contribuem para um estilo de vida mais ativo da população. Os dispositivos wearables são uma motivação extra para isso. Tome como exemplo um smartwatch com monitor de passos, de calorias gastas e batimentos cardíacos. Uma pessoa leiga pode não entender muito bem o que significam muitos dos dados oferecidos pelo aparelho, mas terá em mãos uma ferramenta prática para acompanhamento dos exercícios. A maioria dos modelos hoje já vem com configurações para diferentes tipos de esportes e atividades físicas. Outros vão além e incluem funcionalidades de “competição” entre contatos, que funcionam como um incentivo às práticas de movimento e exercícios. E à medida que a pessoa enxerga essas informações, estipula metas e consegue alcançar essas propostas, ficam tentadas a buscar cada vez mais a superação. Os