Autocuidado para médicos: um pequeno guia
Ser médico envolve compaixão, dedicação e uma responsabilidade imensa. No entanto, no meio de cuidar de outros, muitos médicos negligenciam o próprio autocuidado. Este guia destaca a essência do autocuidado para os médicos e fornece sugestões práticas para sua incorporação na vida cotidiana. O que é autocuidado? Autocuidado não é uma “estratégia de emergência” para lidar com o estresse. É uma forma intencional de viver, incorporando valores, atitudes e ações que priorizam o bem-estar pessoal. Isso envolve atividades que mantêm e fortalecem a saúde física, emocional e mental, especialmente em períodos de estresse. Reconhecer os sinais de estresse e agir sobre eles é essencial para proteger a saúde mental. Esta prática envolve autoconhecimento, reconhecendo seus limites, entendendo seus desencadeadores de estresse e estabelecendo fronteiras saudáveis. Trata-se de criar um equilíbrio entre as demandas profissionais e a necessidade inerente de recuperação e revitalização. Quando praticar o autocuidado? O autocuidado não se destina apenas a períodos de estresse agudo: deve ser uma prática diária. Ou seja, não é um “plano de alívio de estresse”, mas uma integração diária de atividades que melhoram o bem-estar mental e emocional. Assim, independentemente de você estar se sentindo bem ou passando por momentos desafiadores, o autocuidado é sempre relevante. Com o ritmo acelerado e as demandas da medicina, é fácil se perder em longas horas e responsabilidades. Mas é crucial lembrar-se de reservar momentos para si mesmo regularmente. Como incorporar o autocuidado em sua vida? Ouvir seu corpo, coração e mente é o primeiro passo para incorporar o autocuidado. Cada indivíduo deve identificar quais atividades são benéficas para seu próprio bem-estar. De fato, não é uma abordagem única para todos: deve ser personalizado para atender às suas necessidades individuais. Criar um plano é uma estratégia concreta para começar. Afinal, você pode usá-lo como um lembrete útil das atividades que apoiam seu bem-estar, das pessoas a contatar em momentos difíceis e de estratégias para lidar com situações desafiadoras. Dessa forma, ter um plano tangível pode servir como um guia, especialmente em momentos em que você pode se sentir sobrecarregado ou desorientado. Maneiras de incorporar o autocuidado Físico Relacionamentos Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal Espiritualidade Se for relevante para você, dedique tempo à prática espiritual ou passe tempo com outros que compartilhem de suas crenças. A espiritualidade pode oferecer consolo, perspectiva e um sentido de propósito em tempos tumultuados. Nesse sentido, não é preciso seguir uma religião específica. No entanto, uma prática espiritual pode ser realizar atividades filantrópicas e/ou sociais. Médicos, como todos, precisam de autocuidado. Portanto, é crucial reconhecer as próprias necessidades e agir em prol delas. Ao se cuidar, não apenas protegem sua saúde, mas também melhoram sua capacidade de cuidar dos pacientes. De fato, é um ciclo virtuoso que beneficia todos. Como vimos, um dos pilares do autocuidado é conciliar as atividades do dia a dia e não deixar o trabalho tomar conta da sua rotina. Para complementar a leitura, confira nosso conteúdo sobre como evitar a Síndrome de Burnout! João Vitor CarvalhoMédico pela Universidade Federal do Amazonas com coeficiente médio de 9.1614. Pós-graduação em Psiquiatria – Faculdade Única (nota máxima MEC). Pós-graduação em Neurologia e Neurociências – Duke University. Pós-graduação em Medicina Legal e Perícia Médica Judicial – Instituto Pensar. Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia – WREducacional. Formação em Medicina do Trabalho e Saúde Ocupacional – UP Cursos. Ampla atuação em Perícias Médicas Judiciais pelo JEF de Campinas/SP e Americana/SP.
Redes sociais para médicos: 5 pontos para ter atenção
As redes sociais para médicos são meios de comunicação poderosos, que ajudam os profissionais na conquista de pacientes e no reforço de sua autoridade. Saiba como usá-las estrategicamente e dentro da ética da Medicina! Estamos na era da influência e do relacionamento. Com as plataformas online nas mãos de 131,5 milhões de pessoas1 só aqui no Brasil, elas se tornaram um dos meios indicados para construir uma carreira sólida e fazer com que seu nome seja reconhecido. Para os médicos, essa é uma realidade ainda mais oportuna. Afinal, são bons locais para promover a saúde entre a população, incentivando hábitos saudáveis e os cuidados preventivos para a melhor qualidade de vida das pessoas. Mas é verdade que a presença online pode conflitar com as práticas e condutas éticas da profissão. Existem critérios rigorosos a seguir no quesito publicidade, de modo a inibir osensacionalismo, a autopromoção e a mercantilização. Diante disso, como deve ser a atuação dos médicos nas redes sociais? Como alcançar os objetivos de promoção de saúde e criação de um bom relacionamento com os pacientes? É o que veremos a partir de agora. A seguir, listamos orientações de redes sociais para médicos de acordo com o guia de boas práticas do Conselho Federal de Medicina2. Confira! 1. Aproveitar os benefícios das plataformas para a carreira Em primeiro lugar, é importante entender o grande potencial das redes sociais para médicos em diferentes estágios da carreira – dos recém-formados aos que contam com longos anos de experiência e atuação. Conhecendo esses benefícios, é possível aproveitá-los para alcançar seus objetivos com a presença online. 2. Ter cuidado com a comunicação O Manual de Publicidade Médica deixa evidente que é proibido fazer propaganda de técnicas não reconhecidas pelo CFM. Então, o profissional jamais deve divulgar métodos não comprovados, nem mesmo publicar “antes e depois” de pacientes (ainda que estes estejam cientes). Ainda que a intenção seja aumentar a credibilidade e sua reputação online, lembre-se de que é vedado o compartilhamento de telefone e endereço de clínicas ou outros empreendimentos em saúde. Em resumo, a rede social para médicos não é para garantir resultados, fazer promessas de procedimentos bem-sucedidos ou publicidade de alguma forma. Essas são, inclusive, práticas que levam a consequências – que vão da advertência à suspensão da licença. Outro aspecto que não pode passar perto das suas redes sociais são as informações falsas ou que causem intranquilidade, medo e pânico das pessoas. Por exemplo, a ideia não é chegar nos stories com notícias alarmantes na tentativa de conscientizar as pessoas. O médico tem a responsabilidade de informar e não deixar meias verdades. Uma comunicação empática, responsável e, acima de tudo, informativa é o que se deve ter em mente para as redes sociais profissionais. 3. Produzir um conteúdos de valor Se não pode divulgar pacientes nem os “melhores procedimentos”, qual conteúdo produzir nas redes sociais? As possibilidades são inúmeras. Você pode considerar para o post as principais dúvidas das pessoas sobre sua especialidade, ou seja, aquelas que mais aparecem no seu atendimento. O formato vai depender da sua disponibilidade e familiaridade com edição. Entre as mais comuns estão: Mais uma vez reforçamos: os conteúdos não devem ser um aconselhamento médico específico para determinada condição. Ainda que casos clínicos sejam uma oportunidade para fornecer sugestões educativas de promoção da saúde, é preciso ter todo o cuidado para preservar o anonimato dos pacientes. 4. Escolher bem as imagens para publicações De acordo com as regras do CFM, não é permitido publicar selfie com seus pacientes, sobretudo em ambiente de trabalho. Se eles tirarem e quiserem postar nas próprias redes sociais, não há impedimentos. Mas tenha atenção: se isso acontecer com frequência, o profissional pode receber advertências. Como vimos, também não pode publicar fotos de “antes e depois” de um procedimento. A razão é simples: como você não tem permissão de garantir os resultados e esse tipo de comunicação visual deixa a mensagem implícita, a prática fica proibida. Nesse sentido, as dicas são simples e diretas: evite a superexposição do ambiente de trabalho. Uma coisa é postar foto com a sua equipe durante a socialização, que demonstra companheirismo e um ambiente amigável de trabalho. Outra bem diferente é retratar uma sala de cirurgia ou atendimento com um paciente dentro do consultório, sendo exposto. No geral, use e abuse do bom senso antes de compartilhar fotos! 5. Abrir espaço para o diálogo com os pacientes É claro que o médico não vai abrir o chat ou as mensagens particulares para consultas online ou aconselhamento médico. A proposta das redes sociais não é essa! Nossa sugestão é tirar dúvidas sobre saúde, levar informações baseadas em evidências e reforçar os hábitos saudáveis. Vale encarar as redes sociais como um canal de comunicação e, sobretudo, humanização da sua marca pessoal. Ainda que a intenção seja reforçar a autoridade, é uma oportunidade de se mostrar humano, aberto e comprometido com a missão de promover a saúde. As redes sociais para médicos são boas oportunidades para se colocar à serviço da comunidade para orientar e informar. O marketing médico não deve se aliar a venda de produtos ou métodos, nem mesmo se entregar às práticas publicitárias com fins comerciais. Em vez disso, aproveite para compartilhar seus conhecimentos e construir uma presença online de acordo com a ética da profissão. As sugestões foram úteis para você? Então, aproveite que está por aqui e entenda melhor sobre o potencial e as boas práticas do marketing médico! Fonte: Giovanna Hespanhol de OliveiraEspecialista em produção de conteúdo há mais de 5 anos. Graduada em Jornalismo pela UNESP.
A importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde
Além dos cuidados diários e da dedicação ao paciente, é importante salientar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde. Confira mais sobre o tema! Uma equipe multiprofissional em saúde é composta por diversos profissionais: médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, entre tantos outros. A extensão desse time pode ser maior ou menor dependendo da complexidade do serviço hospitalar ou ambulatorial. Os enfermeiros têm um papel fundamental na assistência aos pacientes e têm muito a contribuir para a formação e no funcionamento harmônico das equipes multidisciplinares em saúde. Sua atuação no cuidado com o paciente é a mais próxima deste. Ela envolve uma interação com o trabalho de todos os demais profissionais, tornando a assistência mais completa e integrada. Aliás, o enfermeiro atua simultaneamente em diversas áreas, como planejamento dos cuidados, preparo e administração de medicamentos, além do monitoramento dos sinais vitais. Ademais, usa técnicas de monitoração avançadas da evolução clínica, realiza a detecção precoce de sinais de complicações, implementa as medidas de segurança do paciente. Isso sem falar nas ações em diferentes linhas de cuidados (do adulto, da criança, do idoso, da gestante, da mulher) e do papel essencial em diversos procedimentos diagnósticos e de tratamento nas unidades de clínicas e cirúrgicas de diferentes níveis de complexidade. Na semana de 12 de maio, comemora-se o Dia do Enfermeiro. Por isso, queremos homenagear e destacar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional e na qualidade do cuidado com o paciente em todos os níveis de assistência. O enfermeiro na equipe multiprofissional em saúde Além da excelência e dedicação ao paciente e da luta diária pela qualidade da assistência, muitas vezes, os enfermeiros acabam assumindo responsabilidades de outros profissionais. Na prática, atuam em funções que seriam do farmacêutico clínico, psicólogo, assistente social, administrador, nutricionista clínico, terapeuta ocupacional etc. Não raro, ainda fazem o papel de amigo e acompanhante de pacientes sem o devido apoio da família. Existem diferentes estruturas de trabalhos multidisciplinares em diversos ambientes de trabalho e nível de complexidade da assistência. Porém, não há nenhuma em que o enfermeiro não esteja presente, geralmente com um papel indispensável. Por exemplo, podemos notar a importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde a partir dos seguintes casos: Além disso, não há como negar a responsabilidade dos enfermeiros ao garantir um ambiente seguro e livre de riscos aos pacientes. Esses profissionais atuam com a prevenção de infecções hospitalares e na garantia de funcionamento de equipamentos médicos. O enfermeiro enquanto líder A importância dos enfermeiros também se dá na coordenação de diversas equipes de saúde – sobretudo com técnicos, auxiliares, assistentes e profissionais em formação (internos, residentes, entre outros). Para isso, desempenham habilidades que vão muito além das condutas clínicas, envolvendo comunicação e inteligência emocional. Nessas ocasiões, precisam manter registros precisos e detalhados sobre tratamento de pacientes, além de compartilhar informações com os demais profissionais envolvidos nas equipes multiprofissionais de saúde. Não são incomuns os casos em que se responsabilizam pelo alinhamento e a coordenação dos tratamentos. A atuação das equipes multiprofissionais na pandemia A COVID-19 foi um grande desafio para as equipes multiprofissionais de saúde. Em seu enfrentamento diário nos picos da pandemia, a sincronização de responsabilidades e apoio mútuo atingiu recordes sucessivos de esforços coletivos de solidariedade com o paciente, parentes afastados e entre colegas. Como os casos graves exigiam muito mais cuidados que intervenções médicas, os enfermeiros, em especial, foram sobrecarregados. Além da dura luta do dia a dia com equipamentos fechados de proteção, a cobertura de plantões dos colegas doentes deixou todos nos limites do burnout no cumprimento de uma missão que a profissão nos cobrou pela primeira vez com tal intensidade em um século. Nas equipes da atenção primária, emergência, unidades de internação e terapia intensiva, todos os profissionais de saúde foram muito além de suas obrigações e milhares perderam a vida ao adoecer durante a luta. É por isso que o encerramento da Emergência Mundial de Saúde pela COVID-19 neste último 05 de maio foi a coroação da vitória de uma guerra. Nela, os enfermeiros à beira do leito foram amigos e “anjos” que 700 mil brasileiros tiveram em seus últimos minutos. A importância dos enfermeiros na equipe multiprofissional de saúde é inegável. Eles fornecem cuidados especializados e personalizados aos pacientes, com foco na promoção da saúde e na segurança do ambiente. Muitas vezes, acabam assumindo funções de outros profissionais, além da liderança dos grupos multidisciplinares. Quer saber mais sobre a atuação multidisciplinar que envolve profissionais de enfermagem? Siga para o próximo conteúdo e conheça tudo sobre a equipe multiprofissional em saúde! BlackbookHá mais de 20 anos desenvolvemos conteúdo de saúde prático, confiável e inovador, que orienta os colegas da área da saúde nas melhores práticas clínicas. blog-blackbook.local
A equipe multiprofissional de saúde na assistência ao paciente
A colaboração entre diferentes profissionais é essencial para um tratamento completo e integrado. Conheça a importância da equipe multiprofissional de saúde para os pacientes. A equipe multiprofissional no SUS ou no sistema privado tem ganhado cada vez mais espaço para garantir uma assistência completa ao paciente. Composta por profissionais de áreas diversas, a proposta é reunir percepções e sugestões sob a ótica de cada especialização em busca do melhor tratamento. Contar com uma equipe multiprofissional de saúde é um dos bons investimentos do hospital, clínica ou qualquer ambiente de saúde para um atendimento mais humanizado e integrado – consequentemente, com maior satisfação tanto dos pacientes quanto de seus familiares e cuidadores. A seguir, saiba como a colaboração entre diferentes profissionais beneficia o paciente na assistência à saúde! A equipe multiprofissional de saúde em ação Quanto maior a complexidade de um serviço hospitalar ou ambulatorial, maior é o número de profissionais diferentes que podem compartilhar a responsabilidade pela assistência de saúde dos pacientes. A participação de diferentes tipos de profissionais além do médico e do enfermeiro em cada equipe depende da complexidade e do tipo de serviço e das doenças principais que ele aborda. De maneira geral, os profissionais que compõem as equipes mais completas são: É comum ouvir dos profissionais de saúde que passaram algum tempo trabalhando na América do Norte ou na Europa que uma das coisas que mais os impressionaram foi a qualidade do trabalho interdisciplinar e multiprofissional. Nesses locais, todos assumem sua parte da responsabilidade sobre o caso, interagindo e compartilhando saberes para encontrar o melhor plano de assistência para o paciente a cada dia. Tudo isso em um clima de respeito e colaboração mútua O vídeo abaixo mostra uma cena típica de uma corrida de leito na terapia intensiva de um hospital de referência nos EUA, em que participam e opinam 10 profissionais: A importância da equipe multiprofissional na saúde A corrida de leito multiprofissional deve ser estimulada em todos os serviços. Afinal, todos aprendem uns com os outros e ficam conhecendo de uma forma mais harmônica o caso clínico e os problemas do paciente, sob as perspectivas de todos os profissionais. O trabalho multidisciplinar, inclusive com corridas de leito multidisciplinares, tem inúmeras vantagens: Os desafios das equipes multidisciplinares em saúde Conseguir trabalhar com eficácia em uma equipe multiprofissional de saúde é uma das habilidades mais importantes de um profissional da área. Inclusive, a qualidade da assistência depende de como eles interagem no seu dia a dia de trabalho. Vale pontuar que as dificuldades enfrentadas por esse grupo vão muito além do excesso de funções e falta de recursos. Por exemplo, o desencontro de informações pode impactar o relacionamento diário dos profissionais, bem como a assistência em saúde. Muitas vezes, um não conhece bem o trabalho e as demandas do outro, enxergando apenas as próprias dificuldades – o que pode gerar descontentamento e desmotivação. É nesse cenário que notamos o quanto a comunicação clara e a escuta ativa se fazem importantes no dia a dia de uma equipe multiprofissional de saúde. Afinal, são esses os principais recursos para manter um alinhamento e a assistência ao paciente como prioridades. Ademais, há um desafio especialmente preocupante para profissionais que precisam assumir funções de outras áreas em sua atuação cotidiana: a insegurança para tomada de decisões. Como são saberes disciplinares, quando há o encontro com equipes multidisciplinares, pode acontecer o desalinhamento de ações. A tecnologia a serviço da saúde brasileira Para estimular uma melhor interação entres os profissionais, o Blackbook disponibiliza os conteúdos completos de todas as áreas em um mesmo aplicativo. Dessa forma, acreditamos que é possível lidar com desafios de comunicação e alinhamento, já que os especialistas envolvidos terão à disposição as mesmas fontes confiáveis e seguras de pesquisa. A proposta é permitir a convergência de ideias para alcançar os tratamentos mais indicados para cada paciente em suas particularidades. Atualmente, ao assinar o Blackbook, o enfermeiro tem acesso às suas rotinas específicas e também às condutas médicas e vice-versa. Ou seja, aumenta o conhecimento de cada um sobre o trabalho do outro e estimula ainda mais a colaboração, as parcerias e o respeito. Em consequência, cresce a eficiência da assistência e da segurança do paciente. Por meio de uma ferramenta de busca eficiente, as equipes multiprofissionais de saúde têm na palma das mãos informações sobre condutas e medicamentos. Inclusive, que funciona offline. Então, não importa se o profissional está em um local sem internet: ele consegue acessar os conteúdos sem problemas. Uma equipe multiprofissional de saúde bem estruturada, com papéis definidos e uma comunicação eficiente, é essencial para a assistência e os cuidados aos pacientes – seja qual for o local de atuação desses especialistas. Vale reforçar que a abordagem humanizada e o foco no paciente devem ser prioridades para os integrantes desses times. Para isso, é sempre importante contar com uma ferramenta de apoio às decisões clínicas. Então, aproveite que está por aqui e confira como as rotinas do Blackbook podem contribuir! BlackbookHá mais de 20 anos desenvolvemos conteúdo de saúde prático, confiável e inovador, que orienta os colegas da área da saúde nas melhores práticas clínicas. blog-blackbook.local
Wearables na saúde: a Medicina conectada cada vez mais próxima
O uso de wearables na saúde pode ser um dos diferenciais do seu relacionamento com pacientes nos próximos anos. A partir de agora, você vai entender melhor os benefícios e potencial desses dispositivos! A tecnologia se faz cada vez mais presente na vida das pessoas. Hoje, os aparelhos já conseguem oferecer respostas precisas para diversas dúvidas do ser humano, indo muito além do entretenimento e da comunicação instantânea. É o caso do uso dos wearables na saúde. Os smartwatches, conhecidos como relógios inteligentes, são um exemplo evidente desses dispositivos em prol da saúde. Além do básico, como a contagem de passos, o monitoramento de batimentos cardíacos e do sono, já há modelos que medem a oxigenação do sangue e fazem um eletrocardiograma simples com poucos segundos de toque. Ainda que não sejam dados 100% precisos, são bons aliados no acompanhamento da própria saúde e em reportes médicos. Não é à toa que, segundo pesquisa da Cisco AppDynamics1, 89% dos consumidores brasileiros têm vontade de utilizar wearables como recurso de saúde. Mas como esses devices podem contribuir para a promoção da saúde no país? Qual o panorama de uso, evidências de benefícios e possibilidades para o futuro? É o que veremos ao longo deste conteúdo. Entenda como podem auxiliar na relação médico-paciente e até nos atendimentos de Telemedicina! Os wearables na saúde: entendendo melhor a tecnologia Você pode estar se perguntando o que são os wearables, afinal. Eles nada mais são do que dispositivos “vestíveis”, assim como acessórios de uso cotidiano, mas equipados com recursos tecnológicos. Por exemplo, os smartwatches, que geram dados em tempo real sobre diversas condições dos usuários. Sua função é coletar dados em tempo real de seu usuário, armazenando e processando essas informações para gerar relatórios de saúde. Outros dispositivos disponíveis no mercado são as pulseiras inteligentes (smartbands), os anéis que monitoram doenças crônicas, os adesivos com sensores de glicemia, os óculos inteligentes (smart glasses) e assim por diante. Cada um tem seus objetivos e monitores específicos. Alguns, para uso mais geral, como os smartwatches, que captam diversos sinais vitais e informações no âmbito fitness. Outros, para uso específico: controle de diabetes, dados de sono etc. 4 impactos desses dispositivos na promoção à saúde Um aparelho vestível como estes que vimos até aqui tem um papel fundamental e indiscutível na saúde pública: colocar o paciente como protagonista de seus próprios cuidados. Afinal, os dados o ajudam a acompanhar informações valiosas e se motivar em outros quesitos. Na sequência, detalhamos melhor esses impactos da tecnologia na saúde. 1. Monitoramento em tempo real A proposta do wearable na saúde é justamente acompanhar seu usuário em quaisquer situações do dia a dia. Com isso, ele tem consigo informações em tempo real sobre suas condições – seja em repouso dentro de casa, seja durante uma atividade física ou em movimento. Relatórios com alterações ou padrões de dados podem ser compartilhados com o profissional de saúde sempre que necessário para um melhor acompanhamento. Inclusive, em atendimentos remotos, em que o médico ou o enfermeiro não realiza as aferições pessoalmente, essas informações permitem uma teleconsulta mais completa. Também são essenciais para que os familiares tenham mais controle nos cuidados de pacientes idosos. Por exemplo, com a detecção de uma queda, mesmo estando longe, esse parente consegue providenciar o atendimento rápido devido ao alerta do dispositivo. Outro cenário em que os wearables são valiosos na Medicina acontece na detecção de sinais de alarme antes que se tornem, de fato, grandes problemas. O próprio paciente consegue se antecipar a quadros graves e consultar um profissional da saúde em uma posição de prevenção. 2. Acompanhamento de casos graves Há sensores que já conseguem identificar alterações de pressão arterial, ataques epilépticos, convulsões, quedas e outras situações que, se descobertas prontamente, são decisivas nos primeiros socorros ao paciente. Para o acompanhamento pós-cirúrgico ou durante tratamentos prolongados, os dispositivos wearables na saúde também são muito úteis. Com acesso aos dados, o profissional consegue saber se houve alguma complicação, conduta fora do padrão do paciente, entre outros cenários. Muito mais do que os sinais vitais da pessoa, os wearables estão bem próximos de monitorar condições mais complexas, com ajuda dos biosensores. Nos próximos anos, a tendência é que consigam indicar sinais de câncer, doenças neurológicas e outras condições. 3. Maiores chances de adesão ao tratamento O desengajamento do paciente em relação ao seu tratamento é um dos desafios encontrados pelos profissionais da saúde. Os motivos vão desde a gestão de tempo à incompreensão da importância de seguir as orientações, embora estas sejam reforçadas a todo momento durante os atendimentos. Com os wearables, nem sempre esses pacientes precisam sair de sua rotina para seguir determinadas instruções. Tome como um exemplo básico a prática de exercícios e a movimentação durante o dia. Os relógios inteligentes têm tecnologias para estimular essas atividades e, consequentemente, os hábitos saudáveis. Por outro lado, com reportes de sinais vitais mais frequentes aos quais o profissional pode ter acesso, ele consegue incentivar o paciente por outros meios – por exemplo, com uma mensagem no celular ou e-mail, reforçando as orientações do tratamento. 4. Incentivo a hábitos saudáveis Um dos papéis de todo profissional da saúde, como você bem sabe, é promover a adoção de hábitos saudáveis – que previnem doenças e contribuem para um estilo de vida mais ativo da população. Os dispositivos wearables são uma motivação extra para isso. Tome como exemplo um smartwatch com monitor de passos, de calorias gastas e batimentos cardíacos. Uma pessoa leiga pode não entender muito bem o que significam muitos dos dados oferecidos pelo aparelho, mas terá em mãos uma ferramenta prática para acompanhamento dos exercícios. A maioria dos modelos hoje já vem com configurações para diferentes tipos de esportes e atividades físicas. Outros vão além e incluem funcionalidades de “competição” entre contatos, que funcionam como um incentivo às práticas de movimento e exercícios. E à medida que a pessoa enxerga essas informações, estipula metas e consegue alcançar essas propostas, ficam tentadas a buscar cada vez mais a superação. Os