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Redes sociais para médicos: 5 pontos para ter atenção

Redes sociais para médicos

As redes sociais para médicos são meios de comunicação poderosos, que ajudam os profissionais na conquista de pacientes e no reforço de sua autoridade. Saiba como usá-las estrategicamente e dentro da ética da Medicina! Estamos na era da influência e do relacionamento. Com as plataformas online nas mãos de 131,5 milhões de pessoas1 só aqui no Brasil, elas se tornaram um dos meios indicados para construir uma carreira sólida e fazer com que seu nome seja reconhecido. Para os médicos, essa é uma realidade ainda mais oportuna. Afinal, são bons locais para promover a saúde entre a população, incentivando hábitos saudáveis e os cuidados preventivos para a melhor qualidade de vida das pessoas. Mas é verdade que a presença online pode conflitar com as práticas e condutas éticas da profissão. Existem critérios rigorosos a seguir no quesito publicidade, de modo a inibir osensacionalismo, a autopromoção e a mercantilização. Diante disso, como deve ser a atuação dos médicos nas redes sociais? Como alcançar os objetivos de promoção de saúde e criação de um bom relacionamento com os pacientes? É o que veremos a partir de agora. A seguir, listamos orientações de redes sociais para médicos de acordo com o guia de boas práticas do Conselho Federal de Medicina2. Confira! 1. Aproveitar os benefícios das plataformas para a carreira Em primeiro lugar, é importante entender o grande potencial das redes sociais para médicos em diferentes estágios da carreira – dos recém-formados aos que contam com longos anos de experiência e atuação. Conhecendo esses benefícios, é possível aproveitá-los para alcançar seus objetivos com a presença online. 2. Ter cuidado com a comunicação O Manual de Publicidade Médica deixa evidente que é proibido fazer propaganda de técnicas não reconhecidas pelo CFM. Então, o profissional jamais deve divulgar métodos não comprovados, nem mesmo publicar “antes e depois” de pacientes (ainda que estes estejam cientes). Ainda que a intenção seja aumentar a credibilidade e sua reputação online, lembre-se de que é vedado o compartilhamento de telefone e endereço de clínicas ou outros empreendimentos em saúde. Em resumo, a rede social para médicos não é para garantir resultados, fazer promessas de procedimentos bem-sucedidos ou publicidade de alguma forma. Essas são, inclusive, práticas que levam a consequências – que vão da advertência à suspensão da licença. Outro aspecto que não pode passar perto das suas redes sociais são as informações falsas ou que causem intranquilidade, medo e pânico das pessoas. Por exemplo, a ideia não é chegar nos stories com notícias alarmantes na tentativa de conscientizar as pessoas. O médico tem a responsabilidade de informar e não deixar meias verdades. Uma comunicação empática, responsável e, acima de tudo, informativa é o que se deve ter em mente para as redes sociais profissionais. 3. Produzir um conteúdos de valor Se não pode divulgar pacientes nem os “melhores procedimentos”, qual conteúdo produzir nas redes sociais? As possibilidades são inúmeras. Você pode considerar para o post as principais dúvidas das pessoas sobre sua especialidade, ou seja, aquelas que mais aparecem no seu atendimento. O formato vai depender da sua disponibilidade e familiaridade com edição. Entre as mais comuns estão: Mais uma vez reforçamos: os conteúdos não devem ser um aconselhamento médico específico para determinada condição. Ainda que casos clínicos sejam uma oportunidade para fornecer sugestões educativas de promoção da saúde, é preciso ter todo o cuidado para preservar o anonimato dos pacientes. 4. Escolher bem as imagens para publicações De acordo com as regras do CFM, não é permitido publicar selfie com seus pacientes, sobretudo em ambiente de trabalho. Se eles tirarem e quiserem postar nas próprias redes sociais, não há impedimentos. Mas tenha atenção: se isso acontecer com frequência, o profissional pode receber advertências. Como vimos, também não pode publicar fotos de “antes e depois” de um procedimento. A razão é simples: como você não tem permissão de garantir os resultados e esse tipo de comunicação visual deixa a mensagem implícita, a prática fica proibida. Nesse sentido, as dicas são simples e diretas: evite a superexposição do ambiente de trabalho. Uma coisa é postar foto com a sua equipe durante a socialização, que demonstra companheirismo e um ambiente amigável de trabalho. Outra bem diferente é retratar uma sala de cirurgia ou atendimento com um paciente dentro do consultório, sendo exposto. No geral, use e abuse do bom senso antes de compartilhar fotos! 5. Abrir espaço para o diálogo com os pacientes É claro que o médico não vai abrir o chat ou as mensagens particulares para consultas online ou aconselhamento médico. A proposta das redes sociais não é essa! Nossa sugestão é tirar dúvidas sobre saúde, levar informações baseadas em evidências e reforçar os hábitos saudáveis. Vale encarar as redes sociais como um canal de comunicação e, sobretudo, humanização da sua marca pessoal. Ainda que a intenção seja reforçar a autoridade, é uma oportunidade de se mostrar humano, aberto e comprometido com a missão de promover a saúde. As redes sociais para médicos são boas oportunidades para se colocar à serviço da comunidade para orientar e informar. O marketing médico não deve se aliar a venda de produtos ou métodos, nem mesmo se entregar às práticas publicitárias com fins comerciais. Em vez disso, aproveite para compartilhar seus conhecimentos e construir uma presença online de acordo com a ética da profissão. As sugestões foram úteis para você? Então, aproveite que está por aqui e entenda melhor sobre o potencial e as boas práticas do marketing médico! Fonte: Giovanna Hespanhol de OliveiraEspecialista em produção de conteúdo há mais de 5 anos. Graduada em Jornalismo pela UNESP.

Wearables na saúde: a Medicina conectada cada vez mais próxima

O uso de wearables na saúde: impactos, benefícios e oportunidades

O uso de wearables na saúde pode ser um dos diferenciais do seu relacionamento com pacientes nos próximos anos. A partir de agora, você vai entender melhor os benefícios e potencial desses dispositivos! A tecnologia se faz cada vez mais presente na vida das pessoas. Hoje, os aparelhos já conseguem oferecer respostas precisas para diversas dúvidas do ser humano, indo muito além do entretenimento e da comunicação instantânea. É o caso do uso dos wearables na saúde. Os smartwatches, conhecidos como relógios inteligentes, são um exemplo evidente desses dispositivos em prol da saúde. Além do básico, como a contagem de passos, o monitoramento de batimentos cardíacos e do sono, já há modelos que medem a oxigenação do sangue e fazem um eletrocardiograma simples com poucos segundos de toque. Ainda que não sejam dados 100% precisos, são bons aliados no acompanhamento da própria saúde e em reportes médicos. Não é à toa que, segundo pesquisa da Cisco AppDynamics1, 89% dos consumidores brasileiros têm vontade de utilizar wearables como recurso de saúde. Mas como esses devices podem contribuir para a promoção da saúde no país? Qual o panorama de uso, evidências de benefícios e possibilidades para o futuro? É o que veremos ao longo deste conteúdo. Entenda como podem auxiliar na relação médico-paciente e até nos atendimentos de Telemedicina! Os wearables na saúde: entendendo melhor a tecnologia Você pode estar se perguntando o que são os wearables, afinal. Eles nada mais são do que dispositivos “vestíveis”, assim como acessórios de uso cotidiano, mas equipados com recursos tecnológicos. Por exemplo, os smartwatches, que geram dados em tempo real sobre diversas condições dos usuários. Sua função é coletar dados em tempo real de seu usuário, armazenando e processando essas informações para gerar relatórios de saúde. Outros dispositivos disponíveis no mercado são as pulseiras inteligentes (smartbands), os anéis que monitoram doenças crônicas, os adesivos com sensores de glicemia, os óculos inteligentes (smart glasses) e assim por diante. Cada um tem seus objetivos e monitores específicos. Alguns, para uso mais geral, como os smartwatches, que captam diversos sinais vitais e informações no âmbito fitness. Outros, para uso específico: controle de diabetes, dados de sono etc. 4 impactos desses dispositivos na promoção à saúde Um aparelho vestível como estes que vimos até aqui tem um papel fundamental e indiscutível na saúde pública: colocar o paciente como protagonista de seus próprios cuidados. Afinal, os dados o ajudam a acompanhar informações valiosas e se motivar em outros quesitos. Na sequência, detalhamos melhor esses impactos da tecnologia na saúde. 1. Monitoramento em tempo real A proposta do wearable na saúde é justamente acompanhar seu usuário em quaisquer situações do dia a dia. Com isso, ele tem consigo informações em tempo real sobre suas condições – seja em repouso dentro de casa, seja durante uma atividade física ou em movimento. Relatórios com alterações ou padrões de dados podem ser compartilhados com o profissional de saúde sempre que necessário para um melhor acompanhamento.  Inclusive, em atendimentos remotos, em que o médico ou o enfermeiro não realiza as aferições pessoalmente, essas informações permitem uma teleconsulta mais completa. Também são essenciais para que os familiares tenham mais controle nos cuidados de pacientes idosos. Por exemplo, com a detecção de uma queda, mesmo estando longe, esse parente consegue providenciar o atendimento rápido devido ao alerta do dispositivo. Outro cenário em que os wearables são valiosos na Medicina acontece na detecção de sinais de alarme antes que se tornem, de fato, grandes problemas. O próprio paciente consegue se antecipar a quadros graves e consultar um profissional da saúde em uma posição de prevenção. 2. Acompanhamento de casos graves Há sensores que já conseguem identificar alterações de pressão arterial, ataques epilépticos, convulsões, quedas e outras situações que, se descobertas prontamente, são decisivas nos primeiros socorros ao paciente. Para o acompanhamento pós-cirúrgico ou durante tratamentos prolongados, os dispositivos wearables na saúde também são muito úteis. Com acesso aos dados, o profissional consegue saber se houve alguma complicação, conduta fora do padrão do paciente, entre outros cenários. Muito mais do que os sinais vitais da pessoa, os wearables estão bem próximos de monitorar condições mais complexas, com ajuda dos biosensores. Nos próximos anos, a tendência é que consigam indicar sinais de câncer, doenças neurológicas e outras condições. 3. Maiores chances de adesão ao tratamento O desengajamento do paciente em relação ao seu tratamento é um dos desafios encontrados pelos profissionais da saúde. Os motivos vão desde a gestão de tempo à incompreensão da importância de seguir as orientações, embora estas sejam reforçadas a todo momento durante os atendimentos. Com os wearables, nem sempre esses pacientes precisam sair de sua rotina para seguir determinadas instruções. Tome como um exemplo básico a prática de exercícios e a movimentação durante o dia. Os relógios inteligentes têm tecnologias para estimular essas atividades e, consequentemente, os hábitos saudáveis. Por outro lado, com reportes de sinais vitais mais frequentes aos quais o profissional pode ter acesso, ele consegue incentivar o paciente por outros meios – por exemplo, com uma mensagem no celular ou e-mail, reforçando as orientações do tratamento. 4. Incentivo a hábitos saudáveis Um dos papéis de todo profissional da saúde, como você bem sabe, é promover a adoção de hábitos saudáveis – que previnem doenças e contribuem para um estilo de vida mais ativo da população. Os dispositivos wearables são uma motivação extra para isso. Tome como exemplo um smartwatch com monitor de passos, de calorias gastas e batimentos cardíacos. Uma pessoa leiga pode não entender muito bem o que significam muitos dos dados oferecidos pelo aparelho, mas terá em mãos uma ferramenta prática para acompanhamento dos exercícios. A maioria dos modelos hoje já vem com configurações para diferentes tipos de esportes e atividades físicas. Outros vão além e incluem funcionalidades de “competição” entre contatos, que funcionam como um incentivo às práticas de movimento e exercícios. E à medida que a pessoa enxerga essas informações, estipula metas e consegue alcançar essas propostas, ficam tentadas a buscar cada vez mais a superação. Os