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Novembro azul: confira a rotina liberada no app Blackbook

Novembro Azul - Blackbook

ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas. A importância de combater o câncer de próstata é tema de destaque do Novembro Azul. Saiba mais neste conteúdo! O mês de novembro é dedicado à conscientização a respeito da saúde do homem e ao combate ao câncer de próstata – um dos mais comuns ao público masculino, junto às neoplasias cutâneas não melanomas. Neste Novembro Azul, o app Blackbook está com acesso liberado à rotina dessa doença. Até o dia 30/11, você pode consultar gratuitamente o conteúdo completo para auxiliar no diagnóstico e nas indicações de tratamento aos pacientes. Veja um resumo do que você verá na rotina sobre câncer de próstata! Diagnóstico Boa parte dos casos é de um câncer indolente de crescimento lento e muitos não se manifestam até a morte da pessoa por outra causa qualquer, sendo um achado incidental de necrópsia.  Nos casos sintomáticos de câncer de próstata, a evolução tende a ser mais rápida, exigindo tratamento rápido. Dos homens que ultrapassam 50 anos, cerca de 3% terão uma morte relacionada a essa doença. Apesar de eficácia ainda controversa na medicina pública, nos casos individuais, o rastreamento para diagnóstico precoce pode ser feito apenas: O rastreamento do câncer de próstata deveria fazer parte do Programa de Saúde do Homem na atenção primária. O intuito é aumentar a busca de cuidados preventivos por esta população e permitir outras abordagens mais prioritárias, como: Além disso, permite abordagem do tabagismo, alcoolismo, sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis, acidentes/violência, saúde mental etc.  É preciso submeter casos suspeitos a partir do PSA ou do toque retal à biópsia e ao exame anatomopatológico para confirmação. Tratamento do câncer de próstata Boa parte dos casos diagnosticados são de baixo risco. Eles podem ser abordados inicialmente apenas com uma vigilância ativa, sem intervenções mais agressivas. Porém, precisam de acompanhamento de perto, com exames regulares seriados de PSA e toque retal, ressonância da próstata e novas biópsias quando necessário. Indica-se tratamento nesses casos se houver evidência de progressão da doença.  Em casos selecionados, são importantes os exames de imagem (sobretudo ressonância magnética e PET-TC com marcadores especiais). É essencial compartilhar as decisões com o paciente, sobretudo sobre condutas com baixo nível de evidências em relação à eficácia e segurança. Os casos de maior risco são submetidos a tratamento definido de acordo com critérios específicos. Podem incluir prostatectomia radical, radioterapia e tratamento hormonal. O uso da quimioterapia acontece em alguns casos mais refratários e avançados. Uma alternativa não intervencionista é a “conduta expectante“, utilizada especialmente para pacientes mais idosos ou com muitas comorbidades. Nesses casos, são realizados menos exames de controle, e o tratamento é indicado apenas se surgirem sintomas clínicos. É o urologista quem geralmente escolhe o tratamento. Em alguns casos, essa decisão é de responsabilidade do oncologista, considerando vários parâmetros como idade/expectativa de vida, comorbidades, sintomatologia relacionada ao tumor, estadiamento e categoria de risco. Este foi um resumo da rotina sobre câncer de próstata, que neste mês está com acesso gratuito no app Blackbook devido ao Novembro Azul. Por lá, você encontra detalhes de quando suspeitar, como confirmar, tratamentos e outros. Para aproveitar este e outros conteúdos completos sem preocupações, assine agora o app Blackbook. Aproveite as condições especiais! BlackbookHá mais de 20 anos desenvolvemos conteúdo de saúde prático, confiável e inovador, que orienta os colegas da área da saúde nas melhores práticas clínicas.​ blog-blackbook.local

American Heart Association 2022: confira os destaques do congresso

AHA 2022

Entre os dias 5 e 7 de novembro, a cidade de Chicago recebeu o congresso anual da American Heart Association (AHA). Além das 400 sessões e apresentação de 4.000 resumos, também foram 5 simpósios em sessões pré-congresso, no dia 4. A AHA é responsável por publicar diretrizes na área de cardiologia que se tornam a base de protocolos em todo o mundo, com temas como Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE). A professora Milena Soriano Marcolino (pós-doutora, professora adjunta da UFMG e uma das colaboradoras do Blackbook), esteve presente ao congresso e compartilhou conosco as novidades mais interessantes que selecionou. Confira os principais temas abordados! Abertura Os simpósios pré-congresso tiveram sessões sobre início de carreira, fronteiras da ciência e seminários cardiovasculares. Houve a apresentação de 46 temas que abordaram inovações no tratamento de arritmias, cuidados cardiovasculares de última geração, pesquisa e inovação em cardiologia congênita, dentre outros. A conferência de abertura abordou um dos temas mais importantes da atualidade: o estresse.  Discutiu-se a influência de desastres como a COVID-19 e os furacões, enchentes, que têm se tornado cada vez mais comuns, como importantes causas de estresse sustentado.  Outros temas polêmicos foram discutidos, dentre eles a grande quantidade de informações falsas e consequente “desinformação”, que tem se tornado importante fator de risco de mortalidade. Além disso, falou-se da necessidade de combater a iniquidade na saúde de forma geral, salientando a grande parcela da população sem acesso à alimentação saudável. Saúde cardiovascular e os problemas socioeconômicos atuais Um dos temas mais frequentemente abordados no congresso foi o das iniquidades e determinantes sociais. Em uma das sessões principais, no dia 6 de novembro, intitulada “Paul Dudley White International Lecture and Session: Laureate, Storytelling and Perspectives for Syndemic and Global Cardiovascular Risk Reduction”, a economista francesa Esther Duflo, Nobel de economia em 2019, apresentou uma aula sobre pobreza, COVID-19 e risco cardiovascular (“PDW Lecturer: Developmental Economics and CVD Risk Reduction Globally”). Na mesma sessão, a presidente da American Heart Association, Michelle Albert, apresentou acerca de seus estudos sobre como as adversidades (violência, racismo, discriminação, desastres naturais e problemas econômicos) impactam a saúde cardiovascular (“The connection between economic adversity and cardiovascular health”). Ela mostrou a relação desses fatores com biomarcadores, como proteína C reativa, calcificação coronária, níveis pressóricos, baixo peso e condições de sono ruins e demonstrou um conceito interessante da matemática da adversidade.  Albert deixou bem claro que a educação é apenas um dos fatores que podem ajudar a reduzir as inequidades sociais, exemplificando que um indivíduo negro com pós-graduação tem em média o mesmo salário que um indivíduo branco que termina o ensino médio. Em seu discurso, ela mostrou várias soluções possíveis, do ponto de vista socioeconômico. Também mencionou que devemos perseguir os 5 A`s: awareness, assistance, adjustment, alignment, and advocacy” (conscientização, assistência, ajuste, alinhamento e defesa dos direitos), evidenciando também que a resiliência é um fator importante para reduzir o risco. Ela finaliza sua palestra com uma fala inspiradora, dizendo que cada um de nós deve refletir sobre a questão e ser parte da solução. Participação brasileira no Congresso A dra. Milena teve a oportunidade de representar o Brasil com o resumo “Development and validation of a risk score to predict kidney replacement therapy in COVID-19 patients”, um estudo que desenvolveu e validou um escore de risco de diálise em pacientes com COVID-19, recentemente publicado na revista BMC Medicine.  Além disso, nossa colaboradora participou também de uma sessão importante que destacou a fibrilação atrial como uma doença social (“Atrial Fibrillation as a Social Disease: Implications for Primary and Secondary Prevention”), com a apresentação do tema interseccionalidade entre os determinantes sociais e os fatores de risco cardiometabólicos (“Intersectionality of cardiometabolic risk and social determinants for AF prevention”). Foi uma sessão muito interessante, que contou com pesquisadores renomados em fibrilação atrial. A mensagem principal da sessão foi a de que os determinantes sociais são importantes fatores de risco que devem ser relacionados aos desequilíbrios cardiometabólicos e inter-relacionados entre si. Ademais, que abordá-los é essencial para a prevenção e manejo da fibrilação atrial, a fim de reduzir as complicações da doença. Resultados em primeira mão: late-breaking science Algumas das sessões mais interessantes ocorreram de forma simultânea, as chamadas “Late-breaking science”. Foram mostrados os resultados de estudos publicados simultaneamente com o congresso e que podem mudar a prática clínica.  Confira a seguir alguns dos resultados apresentados! Comparação de eficácia de torsemida e furosemida no manejo da insuficiência cardíaca (TRANSFORM-HF) Resultados primários do estudo pragmático e aberto que compara a eficácia de torasemida e furosemida no manejo da insuficiência cardíaca.  Torsemida (ou torasemida) é um diurético de alça um pouco mais potente, com maior biodisponibilidade e duração maior de efeito que a furosemida e é amplamente utilizado nos EUA. A pesquisa randomizou 2.859 pacientes em mais de 60 hospitais dos Estados Unidos, com acompanhamento por telefone desde o diagnóstico recente da insuficiência cardíaca até estágios de piora. O objetivo do estudo foi comprovar se esse medicamento possui efeito superior na prática. Porém, o resultado primário mostrou que ambos, furosemida e torasemida, possuíam taxas de mortalidade e hospitalização semelhantes. Após 12 meses de acompanhamento, os resultados mostraram equivalência de efeito dos dois medicamentos em todos os subgrupos pré-especificados, incluindo a fração de ejeção. Efeitos da clortalidona em comparação à hidroclorotiazida na prevenção de eventos cardiovasculares em idosos com hipertensão Esse ensaio clínico randomizou mais de 13.000 veteranos dos Estados Unidos com idade mínima de 65 anos durante cerca de 2 anos e meio. O documento avaliou os efeitos clortalidona em comparação à hidroclorotiazida na prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes com hipertensão. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa na redução de incidência de desfechos cardiovasculares importantes ou mortes não relacionadas ao câncer. Além disso, não houve diferenças nos desfechos secundários, incluindo infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Diferente do esperado, a clortalidona foi associada a maior incidência de hipopotassemia que com a hidroclorotiazida. Algumas observações importantes foram destacadas no subgrupo em uso de clortalidona: entre os participantes que tiveram

Doença pulmonar obstrutiva crônica

Doença pulmonar obstrutiva crônica

ATENÇÃO: O conteúdo a seguir foi desenvolvido para profissionais e estudantes da área da saúde. Não deve ser utilizado como fonte de consultas por pessoas leigas. Quando há o diagnóstico precoce da doença pulmonar obstrutiva crônica, aliado ao tratamento ideal, há condições de retardar a progressão da DPOC. Confira um resumo da rotina! A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença inflamatória crônica do pulmão causada pela exposição crônica à fumaça, gases ou partículas – sendo a principal delas o cigarro.  Ela se caracteriza principalmente por inflamação, hiper-reatividade brônquica e obstrução não reversível das vias aéreas mesmo após o uso de broncodilatadores. A longo prazo, leva à destruição progressiva do parênquima pulmonar, com perda da elasticidade e complacência caracterizada pelo enfisema. A seguir, veja os pontos-chave sobre doença pulmonar obstrutiva crônica! Sintomas e riscos do DPOC A carga tabágica, ou seja, o número de maços consumidos por dia multiplicado pelo tempo em anos de tabagismo, é um dos fatores importantes para o desenvolvimento da DPOC: quanto maior, maior o risco. O quadro clínico é caracterizado, sobretudo, por tosse crônica, que pode ser produtiva ou não, e dispneia. São sintomas progressivos que pioram a qualidade de vida e limitam a capacidade funcional do paciente. Esses pacientes têm um risco aumentado de infecções, internações hospitalares e outras complicações, com aumento importante na mortalidade. Diagnóstico O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para interromper ou pelo menos retardar a progressão da doença. O diagnóstico é feito através da espirometria com prova broncodilatadora. A relação VEF1/CVF (índice de Tiffeneau) após o broncodilatador menor que 0,7 confirma o diagnóstico. Outros exames como a radiografia ou tomografia de tórax podem ser úteis, sobretudo para excluir patologias associadas. Em pacientes com menos de 45 anos com suspeita de DPOC é importante sempre descartar a presença de outras pneumopatias associadas, como a deficiência de alfa-1 antitripsina e as pneumopatias ocupacionais.  Tratamento O tratamento é baseado em medidas não farmacológicas, como cessar tabagismo, vacinação e educação do paciente. Também é feito o uso de medicamentos broncodilatadores, corticoterapia inalatória e oxigenoterapia domiciliar, de acordo com as indicações.  A escolha do tratamento inicial é guiada pela classificação GOLD do paciente, baseada nos sintomas e risco de exacerbação. A oxigenoterapia domiciliar a longo prazo tem indicações específicas e, quando usada corretamente, pode: Em casos muito graves de DPOC com enfisema avançado pode estar indicado o tratamento cirúrgico para redução do volume pulmonar. Isso pode melhorar a mecânica respiratória, as trocas gasosas e a tolerância aos esforços. Vimos, então, o resumo com os principais tópicos sobre doença pulmonar obstrutiva crônica. No app Blackbook, o DPOC é abordado nas seguintes rotinas: É no app Blackbook que você encontra informações completas sobre DPOC, com detalhes sobre quando suspeitar, como confirmar e tratamentos. Ainda não tem o aplicativo? Então, baixe agora e aproveite o melhor conteúdo para apoio às suas decisões clínicas! BlackbookHá mais de 20 anos desenvolvemos conteúdo de saúde prático, confiável e inovador, que orienta os colegas da área da saúde nas melhores práticas clínicas.​ blog-blackbook.local