Como escrevemos os conteúdos Blackbook

O Blackbook tem a missão de encorajar as melhores práticas na saúde brasileira. É por isso que nossos conteúdos são cuidadosamente escritos e revisados por quem mais entende do assunto. Queremos levar a você a informação de que mais precisa no momento em que ela será decisiva para os cuidados com seu paciente. Tudo começa pela escolha dos especialistas que participarão dos conteúdos – uma etapa crucial para manter a qualidade padrão Blackbook. Conheça mais sobre como escrevemos os conteúdos Blackbook! A escolha dos colaboradores O colaborador principal de cada rotina é escolhido com muito cuidado: precisa ser um especialista de referência na área, quase sempre um PhD. Deve combinar uma grande experiência clínica com o destaque acadêmico e atualização no tema específico. Além disso, ter capacidade para buscar a melhor evidência sobre cada tema e recomendar de forma alinhada com os melhores consensos nacionais e internacionais sobre o que não há evidência sólida disponível. Outras características muito importantes para os colaboradores que escolhemos é de não ter qualquer conflito de interesse e saber adaptar o conjunto de conhecimentos existentes à nossa realidade – tanto no contexto do SUS como da medicina privada, com mais recursos disponíveis. Esse rigor na escolha tem um motivo, como já adiantamos: a busca pela praticidade e pela excelência nos nossos conteúdos. O que fazemos na Blackbook é uma curadoria extensa e cuidadosa das melhores evidências, mas sempre com uma linguagem descomplicada para facilitar a compreensão rápida. Nossa experiência ao longo desses 20 anos mostrou que a carreira acadêmica do autor confere maior capacidade na pesquisa e análise das evidências. Isso também impacta na sistematização das informações, o que o leva a produzir rotinas práticas mais fáceis de entender e aplicar no dia a dia dos nossos assinantes. Por outro lado, a vivência prática garante ao profissional o conhecimento das particularidades dos casos reais e a capacidade de lidar com complexidades, imprevistos, complicações – além de como resolver a situação de forma adaptada a cada paciente. Tudo isso em uma abordagem mais humanizada, ética e empática com melhores resultados para o profissional e seus pacientes. A atuação como colaborador do Blackbook Participar do corpo editorial do Blackbook é um trabalho pago, realizado com todo o suporte do nosso time. Levamos esse compromisso a sério. Por isso, a atuação gera o crédito acadêmico autoral como o de um capítulo de livro (seja impresso ou digital). Se você deseja conhecer quem são as pessoas que contribuem para aprimorar e adicionar novos conteúdos ao Blackbook, é fácil! A lista dos colaboradores com o minicurrículo, foto e referências padronizadas dos capítulos que participou está disponível no próprio aplicativo (incluindo na versão web). Localize-os ao final de cada rotina, na aba “mais” ou digite por “colaboradores” na barra de busca. Como acontece a produção dos conteúdos Blackbook Basicamente, o conteúdo Blackbook reúne três características primordiais: busca das melhores evidências, debate entre os envolvidos sobre as questões controversas e adaptação à nossa realidade, seja qual for o nível de complexidade (atenção primária, sala de emergências, pacientes internados, terapia intensiva, etc.). A produção de uma rotina começa com uma revisão inicial usando os melhores artigos de revisão, capítulos das últimas edições de livros e dos guidelines principais da área – aqui, se incluem os maiores consensos internacionais, mais citados na literatura, as rotinas do Ministério da Saúde do Brasil e dos sistemas de saúde de países com sistemas públicos de excelência como Canadá, Inglaterra, Austrália etc. Além disso, revisamos as referências mais importantes com as evidências de melhor grau de qualidade, capítulos dos melhores livros-texto de especialidade sobre o tema, fontes digitais pagas e atualizadas com qualidade. O editor-chefe e os colaboradores especialistas trabalham e retrabalham esse esboço até que se complete o fluxo de abordagem. Se você já abriu o app, provavelmente conhece essa estrutura: Compartilhamento de informações A maioria dos conteúdos é escrita a partir de uma colaboração de profissionais amplamente capacitados. Essa é outra prática do Blackbook para garantir as informações completas, sem vícios regionais. É como a atuação na equipe multidisciplinar em saúde, em que cada um contribui com seus conhecimentos na para alcançar os melhores cuidados possíveis ao paciente. Além de ampliar a qualidade das informações para nossos usuários, é também uma oportunidade para o colaborador. Afinal, ele tem contato com novas abordagens e fontes de pesquisa, ampliando o próprio conhecimento a respeito do tema. Por que é melhor estudar ou se atualizar pelos conteúdos Blackbook Com o processo de produção do Blackbook, nós reduzimos o trabalho do profissional ao buscar atualizações e evidências sólidas para ajudar em suas decisões clínicas. Ou seja, atuamos com dedicação para você localizar em poucos segundos uma informação confiável, isenta de qualquer viés comercial e em linguagem acessível. Esse processo consiste em identificar os possíveis conflitos de interesse, avaliar a relação custo-benefício ou risco-benefícios, encontrar e expor as controvérsias e separar apenas as informações objetivas e de aplicação direta à sua prática clínica. É assim que economizamos muito do seu tempo. Com o Blackbook, você se torna ainda mais protagonista da sua prática e escolhe a melhor abordagem para seu paciente por meio das próprias tomadas de decisão – sem interferências comerciais, conteúdos patrocinados e outro tipo de viés evitável. O Blackbook pode ser o seu grande aliado profissional. Faça o download do app e descubra como é fácil ter informações médicas na palma das mãos!
Testes rápidos disponíveis em farmácias, consultórios e clínicas


Há bastante tempo, farmacêuticos de farmácias e drogarias avaliam parâmetros clínicos, como aferição de pressão arterial e glicemia capilar. Recentemente, houve o advento dos testes rápidos para COVID-19. Em agosto de 2023, entrou em vigor uma decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA (RDC 786) sobre os requisitos necessários em análise clínicas. Este, então, ampliou o rol de exames clínicos possíveis de serem realizados em farmácias, clínicas e consultórios. Exigências para realização de exames Estes estabelecimentos podem realizar os exames desde que: De forma geral, testes de triagem simples e com resultados imediatos realizados em gota de sangue colhido em punção digital, ou a partir de material colhido por swab nasal ou de orofaringe, poderão ser executados. Também se exige a coordenação por um profissional habilitado e em local separado e apropriado para isso. O estabelecimento que se disponha a realizar esses procedimentos deverá cumprir uma série de regulamentações e normas específicas. Testes rápidos permitidos A seguir, listamos os exames clínicos que passam a ser permitidos em farmácias e outros estabelecimentos. Triagem e acompanhamento de doenças crônicas Triagem de doenças agudas Exames confirmatórios de doença infecciosa específica Acompanhamento de eficácia de tratamentos em curso Exames de gravidez ou de ciclo (fertilidade) Outros Diferenças de metodologia dos testes Os testes rápidos são realizados logo após coleta, ainda na presença do paciente, utilizando pequena amostra de sangue capilar ou swab nasal ou de orofaringe. A leitura e interpretação dos resultados são feitas em no máximo 30 minutos, sem necessitar de uma estrutura laboratorial e é emitido um laudo com valor legal. Existem diversos fabricantes e metodologias, cada um com um nível de acurácia diferente. Testes de detecção de anticorpos geralmente demoram alguns dias para positivar (exemplo: 7 dias na dengue) e teste de antígenos são mais positivos durante os primeiros dias da doença. Há também alguns exames com dois cassetes para testar para duas doenças ao mesmo tempo, por exemplo, influenza e COVID-19. Vantagens da ampliação de testes em farmácias Essa resolução pode ajudar e muito na avaliação precoce de problemas de saúde. Afinal, muitas pessoas têm dificuldade de realizar uma consulta médica e acabam recorrendo às farmácias, buscando alívio rápido de sintomas. As análises rápidas também auxiliam o paciente a acompanhar o tratamento e a evolução de seu quadro clínico, uma vez que poderão verificar alguns parâmetros durante a própria consulta. Dependendo da situação, isso pode acontecer até em um estabelecimento farmacêutico, geralmente muito acessível. Exames rápidos em clínicas e consultórios podem ajudar na detecção de um diagnóstico precoce, cuja intervenção rápida é essencial para a efetividade do tratamento. Podem até evitar a busca desnecessária pelo serviço de saúde, ao descartar uma suspeita, considerando sempre a avaliação clínica. Nas farmácias, um cuidado importante é evitar fazer testes de triagem em pacientes sem risco epidemiológico ou sem sintomatologia clínica significativa para a doença. Caso contrário, pode haver uma taxa de falsos positivos maior que a de verdadeiros positivos. Os farmacêuticos que prestam o serviço de atenção farmacêutica poderão ter prontuários mais completos, com acompanhamento mais efetivo do tratamento e dos problemas relacionados à terapia medicamentosa. Assim, geram mais informações que auxiliarão todos os profissionais da equipe multiprofissional envolvidos.
O que me motiva e o que me fez querer a medicina?


O que me motiva e o que me fez querer a medicina? Difícil citar um único motivo. O que eu sinto é muito maior que isso…transborda tanto que fica complicado de colocar em palavras. Eu sou daquelas que falam que quer ser médica desde pequena, desde que me entendo por gente. Meu avô e meu tio são médicos e é impossível não reconhecer que eles exerceram uma influência significativa na consolidação desse sonho. Quando eu era criança, meu avô chegava do plantão contando vários casos e adorava ouvi-los. Aliás, meu avô é um dos médicos mais humanos que eu já conheci! Estou pra ver outro que nem ele, acho que dele veio também o meu coração comunitário e a minha vontade de salvar o mundo. Com o passar dos anos, esse sonho foi ficando cada vez mais forte. Não me via fazendo outra coisa, nenhuma profissão me encantava como a medicina. Queria fazer medicina sem fronteiras, ajudar a África, contribuir para a formação de um mundo melhor e mais justo, sem dores, sem sofrimento. Isso tudo há 10 anos atrás… Mas hoje, mais madura (pra não dizer mais velha), eu vejo que é muito utópico pensar que como médica eu poderia salvar ou mudar o mundo que eu vivo. Vejo também que as pessoas em sofrimento estão muito mais perto de mim e eu não preciso ir até o continente africano pra ajudar e acolher. Muitos dos meus pacientes são meus amigos, meus parentes e principalmente os moradores da comunidade que eu trabalho. O que hoje me movimenta é a certeza de que talvez eu não possa mesmo mudar o mundo, mas eu posso dar conforto para aqueles que eu conseguir alcançar. Hoje eu vejo que a medicina é feita com o olhar, com a escuta. Muitas vezes o sintoma é a pontinha do iceberg de uma existência complexa que precisa de atenção e cuidado e isso eu faço com todo meu amor e respeito. Meu forte é dar colo, meu forte é amar. Esse amor eu tenho de sobra e talvez seja ele o principal motivo por ter escolhido a medicina: eu preciso transbordar o que eu sinto pelo Outro e a melhor forma de fazer isso é cuidar! 💜 Leia também:
ISRS: O que são estes medicamentos e qual seu mecanismo de ação?


O tratamento da depressão e diversos outros transtornos da saúde mental passou por grandes revoluções nas últimas décadas. Em termos de eficácia de tratamentos medicamentosos, os Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS) foram um dos destaques. Mas o que são, de fato, esses medicamentos e como eles atuam em nosso cérebro? O que são ISRS? ISRS, ou Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina, são uma classe de medicamentos antidepressivos frequentemente prescritos para o tratamento de uma variedade de condições de saúde mental. Eles costumam ser a primeira escolha farmacológica para tratamento medicamentoso da depressão. Isso acontece devido a sua eficácia e aos efeitos colaterais geralmente mais brandos em comparação aos outros antidepressivos. Indicações de uso dos ISRS Depressão: principal indicação, sobretudo em casos persistentes ou graves. Outras condições: esses medicamentos não são de uso exclusivos para a depressão. Os ISRS também são eficazes no tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), Transtorno de Pânico, fobias severas, bulimia e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). Além disso, em alguns casos, podem ser utilizados para tratar a Síndrome Pré-Menstrual (SPM), fibromialgia e Síndrome do Intestino Irritável (SII), além de serem utilizados com adjuvante no controle da dor crônica. Mecanismo de ação A redução da recaptação (reabsorção) da serotonina nas sinapses neurais aumenta a disponibilidade desse neurotransmissor em diversas áreas do cérebro. A serotonina é um neurotransmissor importante na transmissão de impulsos neurais entre as células nervosas em diversas áreas, sobretudo nas responsáveis pela regulação do humor, emoção e sono. Embora seja um tanto simplista afirmar que a depressão seja causada apenas pela diminuição da serotonina, está comprovado que o aumento dos níveis desses neurotransmissores pode aliviar os sintomas e tornar os pacientes mais responsivos a outras formas de tratamento. Doses e duração do tratamento O tratamento medicamentoso não é a única maneira de tratar a depressão. Formas mais leves podem ser abordadas por diferentes técnicas de psicoterapia. Lembre-se de que o paciente precisa ser ouvido em uma escuta cuidadosa e empática, e o plano de abordagem precisa ir além do que uma prescrição de antidepressivos. Nas formas moderadas e graves, a escolha do grupo de antidepressivos se baseia na expectativa de eficácia, tolerância e efeitos colaterais, facilidade posológica e disponibilidade na rede pública. Também vale considerar a possibilidade de bipolaridade e o tipo de depressão (melancólica, atípica, ansiosa, secundária, etc.). Usando esses critérios, é frequente que o medicamento mais adequado para iniciar o tratamento seja um ISRS. Normalmente, o tratamento começa com a menor dose possível, que aumenta conforme a necessidade. Algumas vezes, é prudente iniciar com uma subdose, a fim de minimizar os efeitos colaterais do início. É importante explicar ao paciente que os ISRS geralmente demoram de 2 a 4 semanas para mostrar benefícios significativos. Mas os efeitos colaterais podem aparecer antes. Apesar disso, é fundamental manter o tratamento como planejado, inclusive com os ajustes progressivos de doses quando indicados Efeitos colaterais A maioria das pessoas apresentará poucos efeitos colaterais ao tomar ISRS. Geralmente, são leves e transitórios e não exigem a troca da medicação. Aliás, uma das grandes vantagens do uso dos ISRS é a sua segurança em relação a outras classes de antidepressivos como os IMAO’s e os tricíclicos. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns dos ISRS são agitação, diarreia, náuseas, tonturas, visão embaçada, perda de libido e, em homens, disfunção erétil. O efeito colateral mais preocupante é o aumento do risco de suicídio no inicio do tratamento, que precisa de monitoramento constante. A equipe multiprofissional envolvida tem como função vigiar junto ao paciente eventual aparecimento de efeitos colaterais para orientá-lo. Quando necessário, ajustar posologia (doses ou horários de tomada) ou trocar a medicação. Tipos de ISRS Atualmente, existem oito ISRS prescritos no Brasil, incluindo citalopram, dapoxetina, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina e vortioxetina. Cada um tem suas particularidades, e a escolha depende das necessidades individuais do paciente. Por fim, os ISRS têm sido uma ferramenta valiosa no tratamento de várias condições de saúde mental. A chave para uma abordagem eficaz da depressão e de outros transtornos psiquiátricos é o conhecimento da doença e suas manifestações, diagnóstico, evolução e alternativas de tratamento. Além disso, uma ampla compreensão dos mecanismos de ação, eficácia e possíveis reações indesejáveis de cada medicamento prescrito. Os médicos e estudantes de medicina devem se manter atualizados sobre estes medicamentos e ter à mão uma fonte confiável de consulta rápida sobre detalhes da abordagem e do tratamento de cada doença. Se você deseja obter mais informações acerca dos ISRS e de outros antidepressivos, confira no app do Blackbook! Além de rotinas completas sobre depressão, ansiedade, de personalidade, fobias e outras; o Blackbook é a fonte mais rápida e confiável para comparar todas as alternativas de tratamento medicamentoso. Você também encontra informações sobre marcas e apresentações, disponibilidade no SUS, genéricos de cada ISRS assim como as doses e formas de prescrição, efeitos colaterais, etc. Veja no Blackbook: